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Fabricantes e concessionários de motos também sofrem com a crise no país

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2015-07-17 08.51.46

A crise nacional que muito tem afetado os mais diversos setores da indústria, não para de fazer vítimas. Não é novidade que o domínio automobilístico enfrenta um dos piores momentos de sua história, causando demissões em massa, quebra de pequenas empresas ligadas ao ramo e muita dor de cabeça para quem, de alguma forma, ainda se sustenta na área.

De acordo com o mercado, o pólo industrial de Manaus, que é um dos maiores do Brasil e onde está concentrada praticamente toda a produção de motos do país, o semestre terminou com números negativos na produção e na comercialização para as concessionárias.

Com a queda nas vendas e na produção vem o corte na mão-de-obra,  a exemplo da multinacional de carros Mitsubishi instalada em Catalão. Nos primeiros seis meses 1.400 trabalhadores perderam o emprego nas fábricas de motos em Manaus, sendo esse o pior momento em 10 anos segundo as maiores montadores do país.

Gerente geral da maior concessionária de motocicletas de Catalão, Fabiana Santana contou que os prejuízos para os concessionários, igualmente afetados, já é sentido desde o fim de dezembro do ano anterior. “Só na nossa loja percebemos a redução nas vendas em 20% a cada mês. Pode não parecer muito, mas se multiplicar isso por doze, contando também a diminuição da demanda na parte de mecânica, peças e acessórios, temos prejuízos em torno de R$ 2,2 milhões/ano”, contou.

Ela contou ainda que de todos as concessionárias da marca no estado, Catalão apresenta os índices mais baixos de vendas na comparação geral. “Estamos parcelando motos em até 24 vezes nos cartões de crédito, coisa não praticada antes e estamos esperando o comércio voltar ao que era. Até dois representantes da fabricante virão aqui para estudar o que está acontecendo, só sabemos que a crise está nos afetando e muito e em Catalão a coisa está ainda pior.”

Os economistas alegam que um dos motivos para a queda na vendas das motos é o crédito mais difícil, o que tem afetado o financiamento dos veículos de duas rodas. Concessionários estipulam que de cada 10 motos vendidas, 7 são financiadas.

Por: Gustavo Vieira