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“Se tiver de ir preso, bora para a cadeia”

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Gente boa do Blog, vou mesmo viver e não vou ver tudo, o caso do “mensalinho” de Catalão saiu mesmo em um veículo de comunicação de grande circulação em Goiás, no jornal O Popular, feita pela ícone da informação séria no estado de Goiás, jornalista Fabiana Pulcineli.

O caso do “mensalinho” nos remete ao mensalão que levou para atrás das grades gente graúda do governo federal, como o ex-ministro José Dirceu, o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores  Delúbio Soares e também o delator de tudo Roberto Jéferson, todos puxaram vários meses de cadeia, estão em prisão domiciliar e perderam seus direitos políticos por oito anos, além de serem multados em mais de R$ 500 mil reais cada.

Se a referência for o mensalão, nele o presidente na época Lula disse que não sabia de nada e nada respingou nele, da mesma forma o prefeito Jardel Sebba afirma desconhecer o fato, provavelmente também sairá ileso dessa, o vereador Daniel (Roberto Jéferson) já declarou “se tiver de ir preso, bora para a cadeia”, ou seja, ele assumiu ter recebido R$ 90 mil reais de propina em dinheiro vivo e R$ 20 mil em materiais de construção, é réu confesso e se o Ministério Público for sério como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) o vereador Daniel do Floresta já pode ir guardando dinheiro para pagar a “cama”, pois é praxe no presídio catalano pagar R$ 700,00 reais para dormir, senão o bicho pega mesmo.

Daniel acusa o primeiro ministro do governo Jardel Sebba, César Ferreira, de ser o responsável pela propina, inclusive diz que recebeu dinheiro em seu gabinete e que o próprio superintendente da SAE, possui um vídeo pelo qual o secretário o chantageia sobre o fato, talvez por isso a disposição do vereador em ir para trás do xilindró

Os demais vereadores da situação: Regina Félix, Pedrinho, Paulo César, Silvano Mecânico, Valmir Pires, Aurélio Macedo, João Antônio, Leonardo Bueno, Paulinho, Donizete Negão e Juarez Rodovalho, são acusados também pelo vereador de terem recebido propina e ainda estarem recebendo, com exceção dele e de Paulinho que pularam do barco a alguns meses atrás.

Se o vereador denunciante acusa ter recebido R$ 110 mil reais e fala que  os demais também  receberam somando tudo chega a um valor aproximado de R$ 1,3 milhão de reais, ou seja, pode estar aí um dos problemas das dificuldades enfrentadas pelo prefeito Jardel Sebba, lembrando que o ônus da prova cabe ao acusador, sendo assim, o vereador Daniel do Floresta deve provar tudo que está afirmando.

Como ele afirma que entregou todas as provas ao Ministério Público, agora é esperar a agilidade por parte do Ministério Público, o processo está nas mãos da promotora Ariete Cristina Rodrigues e segue em segredo de justiça.

Vamos torcer para que esse processo não dure anos para ser finalizado.

Segue abaixo matéria publicada pelo jornal O Popular:

A denúncia

Eleito pelo PMDB, Daniel aderiu à base do prefeito Jardel Sebba (PSDB) e voltou a ser oposicionista em setembro do ano passado, quando afirmou ter recebido mensalmente R$ 10 mil em 2013 e 2014, além de material de construção cedido pela prefeitura durante dois meses.

O vereador diz ter sido beneficiado com cerca de R$ 110 mil (R$ 90 mil em dinheiro e R$ 20 mil em material de construção) e alega que utilizou os recursos na construção e reforma de moradia popular. Ele afirma ainda que teve um pedreiro trabalhando em obras de seu interesse cujo salário era pago pela Superintendência Municipal de Água e Esgoto (SAE).

Agora aliado do deputado Adib Elias (PMDB), o maior adversário político de Jardel, Daniel do Floresta afirma que, além de uma cota de cargos na prefeitura, os 12 vereadores aliados em 2013 tiveram autorização para pegar R$ 10 mil em material de construção na loja Construcastro nos meses de setembro e outubro. “Eu cheguei a levar pessoas carentes lá para elas escolherem os produtos.”

A loja, diz ele, tinha contrato com a prefeitura para fornecer brita e areia, mas teria repassado todo tipo de material disponível. Segundo Daniel, parte dos colegas utilizou os produtos em construções particulares.

Depois disso, Daniel afirma que passou a receber dinheiro, distribuído por meio de colega na Câmara ou de auxiliares do prefeito, incluindo o superintendente da SAE e secretário municipal de Governo, César José Ferreira. Segundo o vereador, o secretário ligava para avisar o pagamento dos valores anunciando que “o churrasco saiu”.

Daniel afirma que um dos pagamentos ocorreu dentro do gabinete de César na SAE e que o próprio secretário teria feito um vídeo com entrega do dinheiro e estaria usando para ameaça-lo. O POPULAR não conseguiu ouvir o secretário. Ele não atendeu o celular e não deu retorno ao recado. O valor do pagamento, que seria de R$ 10 mil, é superior ao salário dos vereadores de Catalão, que é de R$ 8 mil.

Daniel diz que decidiu romper com o prefeito e denunciar o esquema por cobrança dos eleitores diante do acúmulo de problemas na cidade e de empréstimos que vêm sendo contratados pela gestão municipal.

“Quando você pega dinheiro para ajudar os carentes, para ajudar quem precisa, você não pergunta de onde veio. Eu usava para ajudar. Se eu estiver errado, pago. Se tiver de ir preso, bora para a cadeia”, conclui.

Publicado no Jornal O Popular dia 13/06/2015 por Fabiana Pulcineli