Guerra de CPIs: oposição quer saber…
Nesta segunda-feira, 25, os vereadores da aposição na Câmara Municipal de Catalão protocolaram três requerimentos para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar supostas irregularidades na gestão do prefeito Jardel Sebba (PSDB).
As CPIs vão apurar a utilização de recursos públicos aplicados na saúde, precisamente no Sistema Único de Saúde (SUS), na construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e quatro Unidades Básicas de Saúde (USB); a aparente inconsistência na coleta do lixo e a implementação de algums benefícios como o sistema MacLix, os Ecopontos e possíveis pagamentos muito acima do praticado no mercado, além da falta de transparência na compensação de medições e dos serviços referente ao lixo; e por último, a dispensa indevida de licitação no início do governo Sebba para a contratação de massa asfáltica e sua aplicação.
Com os pedidos protocolados eles devem ser encaminhados para a presidência da Câmara para aval do presidente Juarez Rodovalho (DEM), sendo ele obrigado a assim proceder sustentando a lei que apenas seis votos são o suficiente para a abertura do referido processo investigativo. Ao todo, sete estão a favor dos recursos, sendo: Daniel Do Floresta, Deusmar Barbosa, Gilmar Antônio Neto, Jurandir Antônio, Sargento Anísio e Vandeval Florisbelo, todos do PMDB, e Paulo Moreira, do PMN. Não houve nenhuma representação da bancada de situação.
“Nos vimos forçados a fazer isso porque o prefeito nunca nos atende quando fazemos apenas um requerimento a ele, quanto menos quando exigimos documentos financeiros de sua gestão. Se eu te perguntar onde tem uma obra desse prefeito você não sabe me responder, então queremos saber para onde está indo tanto dinheiro”, disse Daniel afirmando que a arrecadação do município ainda é tão ou mais astronômica quando comparado ao contraído pelos governos anteriores. Do mesmo raciocínio compartilhou Vandeval.
Anísio e Paulinho foram categóricos em afirmar que em dois anos e meio da gestão Jardel, ele nunca atendera se quer uma petição provinda da oposição, e isso, de acordo com eles, tem prejudicado e muito o desempenho dos vereadores. Seguindo a mesma sustentação dos colegas, Jurandir alegou que “o prefeito mente quando fala à imprensa que é aberto ao debate e a conversa. Temos provas de que ele nunca nos atendeu, que nunca deu atenção quando, por meio de requerimentos, pedimos algo para a população. Para que ele nos atenda as CPIs são os nossos últimos recursos; por lei ele terá que fazer isso”, contou.
“O nosso objetivo é fiscalizar e saber onde estão indo os recursos públicos oriundos da população. Eu tenho certeza que nossa iniciativa será bem sucedida”, falou Gilmar.
Deusmar, que é ex-presidente da Casa, salientou que sabendo da intenção do grupo a bancada do prefeito no Legislativo, no intuito de simplesmente manipular o entendimento da população, abriu antecipadamente três CPIs “que não vão dar em nada. Ninguém tá falando que o prefeito ta roubando aqui, mas queremos saber quanto é gasto no carros de aluguel da prefeitura, o porquê de vender veículos novos para alugar mais velhos e de vereador… Queremos fiscalizar, dar uma resposta para o povo, mas eles não deixam.”
Batizadas pelos vereadores de “Propina Verde”, “Jaleco Branco” e “Dispensa Indevida de Licitações”, as CPIs, juntamente com as da situação, prometem sessões ainda mais acaloradas e intempestivas. Os encontros acontecem todas as terças-feiras, a partir das 13h30.
Entenda a briga das CPIs
A Câmara aprovou recentemente a reabertura da CPI que investigou possíveis irregularidades nas aplicações dos fundos de pensão do Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores de Catalão (Ipasc). Além dessa, a Casa abriu outra que investigará prováveis atos de corrupção de Deusmar quando presidente da Casa, e uma terceira foi anunciada pela vereadora Regina Félix (PSDB) para ser aberta na próxima sessão – está servirá para investigar a chamada Operação Ouro Negro, onde supostamente fora desviado 10 milhões de reais dos cofres públicos.
Por: Gustavo Vieira