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Secretário diz que grave estado de saúde foi a única causa de morte de criança

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Está muito comum a cidade de Catalão aparecer no cenário nacional através dos principais veículos de comunicação. E em muito dos casos o assunto tratado é negativo, na maioria das vezes ligado à Saúde Pública do município.  Tendo falecido Nicole Vitória Ramos do Nascimento, de 2 anos, no dia 17 de maio, e Divina Costa Martins, de 84 anos, em fevereiro do corrente ano, além de muitas pessoas terem alegado deficiência no serviço da frota de veículos do setor e no atendimento do único hospital público da cidade, Catalão volta ser destaque em todo o país.

A demora no atendimento do SAMU foi mais uma vez causa de morte na cidade, segundo relatou a família de Nicole. Tendo apenas uma vaga de UTI pediátrica em todo o estado, a menina não resistiu às complicações e veio a óbito antes receber o devido atendimento no Hospital de Urgências de Santa Helena de Goiás (Hurso), distante 388 quilómetros de Catalão.

Lara Nascimento, mãe da criança, contou à imprensa que a ambulância não tinha condições de prestar o socorro e que ela ainda teria quebrado no caminho, o que aumentou ainda mais a demora em socorrer a paciente.

Com relação a manutenção das unidades móveis do SAMU, o prefeito Jardel Sebba (PSDB) contou em recente entrevista que os veículos só podem passar por reparos desde que haja licitação para isso. Questionado sobre os motivos dos constantes problemas com as ambulâncias, já que são destinados pelos governos estadual e federal verba de R$ 70.140,00/mês para o devido fim, o prefeito assegurou que os consertos estão sendo empregados sempre que necessário. “Só que não podemos pegar um carro e gastar com ele de qualquer forma, porque isso seria improbidade (…). Então, tem o dinheiro, mas não pode gastar sem licitar e lamentavelmente em algumas coisas a lei não nos beneficia. Estamos fazendo sim as licitações, os pregões e editais”, disse.

O secretário municipal da Saúde, Dr. Antônio Abadio, por telefone, contou que a menina morreu pelo agravamento da pneumonia e que sua condição de saúde ( portadora de necessidades especiais e com apenas nove quilos para sua idade) contribuiu com significância para o resultado. “Seu estado de saúde era mesmo muito grave e ela havia entrado na Santa Casa desse jeito”, contou. Sobre o problema mecânico da ambulância durante o transporte de Nicole, Abadio descartou que isso tivesse contribuído para o fator morte “já que outro veículo foi acionado para o resgate.”

Com relação às constantes falhas das unidades móveis do SAMU, o secretário esclareceu que o município conta apenas com três carros de transporte de doentes, dando a entender que o número é realmente insuficiente. “Elas quebram mesmo e é através do Fundo Nacional de Saúde que seria possível adquirirmos mais, mas infelizmente isso só acontece de três em três anos”, concluiu.

A mãe de Nicole veementemente sustenta que a morte de sua filha se deu por conta da demora em transferir a menina para uma UTI neonatal.

Por: Gustavo Vieira/Foto: reprodução