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Vereadores indignados

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No início da tarde desta terça-feira, 05, aconteceu na Câmara Municipal de Catalão a 16ª sessão ordinária do ano. O encontro teve poucos faltosos, nenhum abandono de sessão e “zero” projeto para ser votado; apenas foram lidos os requerimentos de alguns vereadores.

Ao final do encontro, como de costume, a reportagem buscou saber do presidente da Casa, Juarez Rodovalho (DEM), o resultado de mais essa reunião legislativa e também outros assuntos, e se mostrando insatisfeito com a imprensa, “não de maneira geral”, disse ele, se negou a falar com os jornalistas que ali estavam.

Juarez se justificou dizendo que não gostou nenhum pouco das colocações do diretor da rádio Cultura AM, Carlos Roberto, que, segundo ele, teria desmerecido profundamente a atuação dos vereadores e o desempenho do Legislativo Municipal no programa jornalístico matinal da emissora.

O democrata contou fora dos microfones após a sessão que ouviu Carlos dizer que “é um absurdo que em uma sessão não se tenha um projeto de lei para ser votado”, além de vários outros posicionamentos que muito o chateou. “Eu não sei por que ele falou tudo aquilo, não sei se ele tem raiva… Realmente não sei o que é, só que sei que eu não quero ficar falando muito nisso porque ele (Carlos) é quem tem o microfone. Se ele não sabe, quem manda projeto para a Câmara é o prefeito, a gente só vota. Antes de falar tudo o que falou, teria sido melhor ele perguntar o prefeito os motivos que o levou a não mandar nenhum projeto para a Câmara”, disse Juarez.

Outro que se colocou indignado com a atuação de Carlos foi o peemedebista Deusmar Barbosa, que, dizendo estar muito descontente com tudo isso, usou a tribuna para lamentar o fato. “Só que eu vou lá falar com ele, vou lá na rádio. Eu acho um absurdo o que o cidadão fala (…), vem falar que vereador não serve para nada, que vereador não desce do palanque”. O edil observou ainda que o Executivo não atende os requerimentos da oposição, e que isso seria um agravante. “Diante disso, o que é que o Carlos da rádio Cultura quer que nós fazemos? Eu acho que ele está muito equivocado”, completou Deusmar.

Por sua vez, a reportagem consultou Carlos por telefone e ele disse que na verdade os vereadores é que não entenderam o que ele quisera dizer em seus comentários. “O que eu falei não foi nada disso, e até pedi espaço no plenário da Câmara para me posicionar. Em momento algum eu disse que os vereadores não fazem nada, e sim que foi isso o que foi dito em uma sessão, que não teria nada para ser votado. No meu entendimento, a Câmara não deve ser usada para politicagem e sim para o interesse da população”.

Carlos concluiu que no seu saber o vereador tem o dever de apresentar projetos de proveito para os cidadãos, “além de ser apenas um pedinte”, acrescentou. Ele deve usar a tribuna da Câmara para se explicar na próxima sessão, que acontecerá no dia 12.

Poucos foram os vereadores que se posicionaram sobre o assunto.

Por: Gustavo Vieira