Cronologia da barbárie: os tucanos e a violenta métrica da repressão
Como forma de comprovar sua métrica de atuação política, os governos tucanos insistem em exercitar a repressão ao diálogo e em lugar da reflexão temos a brutalidade. Foi assim em 2013, sob a batuta do governador tucano Geraldo Alckmin em São Paulo; o mesmo em Minas Gerais, quando o então governador Aécio Neves aplicou o chamado “choque de gestão”, que reduziu o Estado e retirou direitos; e é assim no Paraná, após o tucano Beto Richa ordenar um brutal ataque aos professores.
Por Joanne Mota, da Rádio Vermelho
Assembleia
Nesta terça-feira (05), a Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) informou que será realizada assembleia da categoria para definir os rumos da greve. A concentração será a partir das 9h na Praça 19 de dezembro com marcha até o Centro Cívico, palco do massacre do governo do Paraná contra os educadores e educadoras.
A partir das 14h30, o Estádio Durival de Britto (Vila Capanema) receberá pela terceira vez, professores e funcionários de escola para a Assembleia Estadual da categoria, que irá debater a pauta da greve e o retorno ou não das aulas.
Cronologia a barbárie no Paraná
Repúdio nacional
Desde o último dia 29 de abril o Brasil tem externado, em diferentes espaços, seu repúdio ao violento ataque aos professores no estado do Paraná. Desde a última sexta-feira (1º/5), data em que foi comemorado o Dia do Trabalhador, milhares de brasileiros e brasileiras protestaram contra a ação truculenta do governador tucano Beto Richa.
Neste domingo (3) não foi diferente, dezenas de profissionais de comunicação fizeram, em Curitiba, homenagem aos professores massacrados. O ato político realizado no Largo da Ordem, setor histórico da capital paranaense, também pediu apuração, fim de perseguições e ameaças contra profissionais de imprensa. Nesta segunda-feira (4), também ocorre pelo Brasil ato simbólico, todos e todas convocados a vestir preto em protesto ao massacre.
“Um verdadeiro atentado contra o futuro”, foi como resumiu o doutor em Educação, professor e filósofo Mário Sérgio Cortella, em desabafo publicado na rede social Twitter, ao comentar a violência protagonizada pela Polícia Militar do Paraná capitaneada pelo governador tucano Beto Richa.
Vídeo mostra reação do deputado estadual Ney Leprevost (PSD-PR) que chama, repetidas vezes, o governador Beto Richa (PSDB) de “bandido” na sessão de quarta-feira (29)l, quando ocorria o massacre dos professores do lado de fora da Assembleia Legislativa.
Luta contra a perda de direitos
Entre as muitas bandeiras defendidas pelos professores e servidores públicos está o protesto contra o projeto de lei que dissolve o Regime Próprio da Previdência Social dos servidores estaduais – o chamado ParanaPrevidência.
Em artigo publicado no Blog do Esmael nesta segunda-feira (4), senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) destacou que irá questionar juridicamente a aprovação, na Assembleia Legislativa do Paraná, da lei proposta pelo governador Beto Richa (PSDB) que prevê mudanças brutais na previdência do funcionalismo estadual.
“Vamos defender com todas as nossas forças os direitos daqueles que sempre contribuíram para terem garantia de se aposentar. Se não conseguirmos impedir a tempo esse desvio, pelo menos queremos que o governador responda pelo crime de improbidade administrativa e também por irresponsabilidade fiscal”, diz Gleisi.
Professores contra a mídia
Também neste sábado (2), Debora Fait e Vera Mortean, dirigentes da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), e a assessoria jurídica dos professores, composta pelos advogados Ramon Bentivenha, June Cirino, Pedro Guimarães Filho, do Coletivo Direito para Todxs, concederam entrevista aoVermelho e aos jornalistas e ativistas Igor Santos, da Rede Uirapuru; Mario Melo, do blog Leão da Esquerda; Lucas Vicente, do Cômicas Políticas.
Na oportunidade, foram apresentados os dados da violência os quais apontam que mais de 700 professores sofreram algum tipo de agressão durante o massacre. Dados apresentados pela assessoria jurídica apontam que pouco mais de 200 realizaram o Boletim de Ocorrência (BO).
Portal Vermelho