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Vendedor ambulante discorda que o comércio local perde durante a Festa do Rosário

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Os camelôs que em Catalão estão instalados por causa da Festa de Nossa Senhora do Rosário tem sua opinião ao saberem da posição dos comerciantes locais, que alegam em sua maioria perda nos lucros e dificuldades como, por exemplo, no pagamento de seus impostos e despesas devido à concorrência com os vendedores ambulantes durante o evento.

Para a Associação Comercial e Industrial de Catalão e Câmara de Dirigentes Lojistas, ACIC/CDL, na pessoa do presidente Chahadeh Damach, a vinda desse comércio para a cidade traz enormes prejuízos à economia do município, isso, devido à população local e de outras cidades gastarem seu dinheiro nas barraquinhas dos camelôs.

Hoje Chahadeh não se pronuncia a respeito disso, mas anos anteriores tratava do assunto e do descontentamento dos comerciantes no geral com muito empenho. Causa essa perdida e o que foi feito para minimizar os prejuízos foi exigir que os ambulantes tivessem registro para atuar na profissão e que cumprissem com as taxas e exigências da Prefeitura para venderem seus produtos durante os 10 dias da festa.

O vendedor ambulante Gilberto Garcia de Biritiba Mirim, São Paulo, discorda completamente do que pensam os comerciantes locais. Para ele a profissão de camelô não é mais carregada de preconceitos e hoje em dia grande maioria daqueles que percorrem o país a vender seus produtos pagam seus impostos, tem marca própria ou revendem e oferecem sim produtos de qualidade.

“Temos nosso espaço no mercado e não acredito que estamos tomando os lucros deles; porque até o que sei a Prefeitura local, como em todos os lugares, prioriza que os comerciantes locais coloquem suas barracas em eventos assim. Para se ter uma ideia nosso aluguel aqui é 5 vezes ou mais, mais caro que os deles. Se eles não vem para cá, a culpa não é nossa e é inverdade que os prejudicamos. Eles só não aproveitam os espaços que tem aqui”, disse Gilberto.

O vendedor que é do ramo de alumínio vende panelas e disse garantir a qualidade e procedência de seus produtos. “Emito nota fiscal, tenho CNPJ, meus produtos tem código de barra e pago meus impostos. Garanto também a devolução de qualquer peça comprada caso ela apresente defeito”.

Gilberto afirmou ainda que essa ideia de que produtos vendidos por viajantes são ruins está caindo por terra. “Tem muita gente que vende coisas de qualidade, como também outros que não; trazem do Paraguai… as coisas estão evoluindo. Muitos aqui trabalham sério e levam a profissão de maneira correta”.

Os comerciantes locais alegam ainda que os prejuízos são irrecuperáveis e que em alguns casos nem a data de maior venda do ano no mercado, o natal, supre as perdas que dizem adquirir na Festa do Rosário.

 

Por: Gustavo Vieira