Em audiência realizada na tarde dessa segunda-feira (13), para cobrar o pagamento do Piso salarial dos professores e o cumprimento da pauta de reivindicação dos trabalhadores da rede estadual de ensino, o Sintego cobrou também do governador Marconi Perillo a aplicação dos recursos da Educação exclusivamente na Educação. A secretária Raquel Teixeira também participou da audiência.

De acordo com informações levantadas do Portal da Transparência, do Governo do Estado, no ano passado a verba da Educação chegou a R$ 5.549.726.987,70. Neste ano, somente em janeiro e fevereiro, o montante chegou a R$ 866.046.765,86, para uma folha que não chega a R$ 340 milhões.

Nos últimos anos, a maioria absoluta dos professores (PIII e PIV) têm tido prejuízos no reajuste do Piso, com aumento a partir do mês de maio, quando a Lei 11.738/08 determina que seja a partir de janeiro. E este ano, segundo Projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa, o reajuste será apenas a partir de agosto, ou seja, mais sete meses de calote.

Diante dos números apresentados pelo Sintego, o governador mostrou surpresa e se comprometeu a cobrar explicações da secretária da Fazenda, Carla Abrão, e em resposta à cobrança do Piso, Marconi informou que poderá fazer modificações no projeto em tramitação e após conversar com a secretária e voltará a receber o Sintego.

“Mostramos para o governador a realidade da Educação em Goiás, em termos financeiros, e não aceitamos mais ter prejuízos, enquanto os recursos são aplicados em outras áreas. Queremos o dinheiro da Educação na Educação. Só isso”, afirmou Bia de Lima, presidenta do Sintego.

Publicado originalmente no site do Siintego