Instalação do curso de medicina em Catalão pode ser adiado
A situação de corte de gastos pela qual atravessa a Universidade Federal de Goiás (UFG) preocupa não só o corpo diretor e docente da instituição, mas também os estudantes.
Com a redução do repasse de verbas feito pelo Governo Federal de cerca R$ 28 milhões para R$ 19 milhões, a universidade encontra dificuldades para sanar débitos como conta de água, luz e telefone e já demitiu 10% dos funcionários terceirizados. Esta informação é do site de notícias G1.
Atualmente o Campus de Catalão possui dezenas de laboratórios na área das Engenharias e das ciências biológicas que atendem os Cursos de Graduação de Biologia, Química, Educação Física, Enfermagem e Psicologia, e isso demanda constante investimento do governo para sua manutenção. “Os professores até pediram para não comentar, mas nos próximos meses a universidade pode até entrar em greve mais uma vez. Eles estão analisando a viabilidade disso acontecer e por enquanto os alunos não foram afetados, mas a preocupação começa crescer entre eles”, disse a estudante de Letras, Larissa Fernandes.
Outra questão a ser pensada é se o curso de medicina, aprovado em setembro do ano anterior para ser implantado na unidade, pode ser prejudicado com a crise. Previsto para ser começado em 2016, a estimativa para a viabilização do curso em Catalão é de no mínimo R$ 25 milhões de reais e deve ofertar 50 vagas, sendo necessário também a contratação de 60 professores e 30 servidores.
Diretor do Campus Catalão da UFG, Thiago Jabur Bittar disse por telefone que não há relação direta entre a crise e a implantação do curso de medicina na unidade, e que isso pode não acarretar em sérios problemas. “Quando se cria um curso isso é separado… Mas no momento de crise, por esse cenário, os novos cursos podem ser adiados. Em todo caso estou otimista que isso não irá acontecer e a comissão está trabalhando normalmente”, explicou.
Com relação a possibilidade de nova greve, Thiago contou que é verdade que isso possa acontecer ainda este ano, mas deixou claro que os motivos estão ligados tão somente a questões salariais e benefícios de carreira.
Por: Gustavo Vieira