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Veja a situação dos protestos nas estradas nesta quarta-feira

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Desde a semana passada, o bloqueio de estradas por caminhoneiros tem afetado o transporte de mercadorias em portos e rodovias. Os manifestantes protestam, entre outros motivos, contra o aumento no preço do litro do óleo diesel e contra o valor dos fretes.

Apesar das manifestações, o governo sinalizou nesta terça-feira (24) que não faz parte da sua “pauta” reduzir o preço do litro do combustível, segundo o ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto.

No total, os protestos já atingiram 13 estados: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Piauí.

O governo e representantes dos caminhoneiros se reunirão na tarde desta quarta-feira (25) em Brasília, para discutir o fim das interdições em estradas.

VEJA COMO ESTÁ A SITUAÇÃO EM CADA ESTADO:Caminhoneiros fazem novo bloqueio na BR-153 em Aparecida de Goiânia (Foto: Reprodução/TV Globo)

Caminhoneiros fazem novo bloqueio na BR-153 em
Aparecida de Goiânia (Foto: Reprodução/TV Globo)

GO
Caminhoneiros voltaram a bloquear nesta quarta-feira (25) o tráfego nos dois sentidos da BR-153 em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana. Eles usam pneus para parar o trânsito. O ato começou por volta das 6h30, no km 515

Motoristas também bloqueiam o tráfego na BR-153 em Itumbiara, no sul goiano. Segundo a PRF, o ato ocorre no km 702 da rodovia.

Dezenas de caminhões estão parados também em Xanxerê (Foto: PRF/Divulgação)
Dezenas de caminhões estão parados também em
Xanxerê (Foto: PRF/Divulgação)

SC
O protesto de caminhoneiros bloqueia rodovias catarinenses pelo oitavo dia. Nesta quarta-feira (25), pelo menos 20 trechos de rodovias federais e 12 trechos de estradas estaduais tinham bloqueios, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar Rodoviária (PMR).

Os caminhões ficam trancados nos bloqueios e o transporte de cargas em Santa Catarina está afetado. Segundo o Sindicato dos Postos de Chapecó, no Oeste, falta gasolina em 90% dos postos de combustíveis da região. A coleta de leite foi suspensa e algumas indústrias pararam a produção.

Na noite de terça-feira (24), a BR-101 em Araquari, no Norte, foi liberada após três horas de bloqueio e cerca 10 km de filas nos dois sentidos da rodovia. A BR-280, que faz intersecção com a via bloqueada, também registrou congestionamentos.

Caminhoneiros fazem paralisação na PR-218, em Astorga (Foto: Ramon Rosa/Arquivo Pessoal)
Caminhoneiros fazem paralisação na PR-218, em
Astorga (Foto: Ramon Rosa/Arquivo Pessoal)

PR
O trânsito nas principais estradas do Paraná continua complicado na manhã desta quarta-feira (25) no Paraná por causa dos protestos de caminhoneiros.

Com os veículos parados nas estradas, os protestos começam a refletir em vários setores da economia do estado. Nos postos de combustíveis no sudoeste e no norte, por exemplo, quase não há gasolina. E os que ainda têm alguma quantidade no reservatório cobram preços muito acima do normal. Na terça, os motoristas tiveram que enfrentar filas para abastecer.

Até as 6h30, 20 trechos estavam bloqueados em oito rodovias federais e 24 pontos em 19 estradas estaduais. A maior parte dos trechos dão acesso a cidades grandes do interior do estado. Os protestos ocorrem no Paraná desde o dia 13 de fevereiro.

A operação do porto de Paranaguá, principal terminal de exportação de produtos agrícolas do país, também é prejudicada por causa dos protestos.

Caminhoneiros protestam na Via Expressa, em Salvador. (Foto: Imagens/Tv Bahia)
Caminhoneiros protestam na Via Expressa,
em Salvador. (Foto: Imagens/TV Bahia)

BA
A Via Expressa, pista que liga a BR-324 ao Porto de Salvador, permanece ocupada por caminhoneiros na manhã desta quarta-feira (25), assim como em três trechos da região de Luís Eduardo Magalhães, no oeste do estado.

De acordo com a PRF, os trechos de rodovias federais que estão interditados desde terça-feira são: BR-242, na saída para Barreiras (km-880) e na saída para Tocantins (km-890); e também na BR-020, na saída para Brasília (km-200). Segundo a PRF, agentes foram deslocados para as regiões ocupadas pelos caminhoneiros.

Já na cidade de Feira de Santana, entre os bairros de Cidade Nova e Campo Limpo, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve interdição BR-116, no km 420, mas foi liberada por volta das 18h de terça-feira.

Caminhoneiros buscam apoio de outros motoristas (Foto: Alan Batislani/Arquivo pessoal)
Caminhoneiros buscam apoio de outros motoristas
(Foto: Alan Batislani/Arquivo pessoal)

SP
Nesta quarta-feira, perto das 7h30, umbloqueio afetava duas faixas da rodovia Anchieta, na altura do km 23, sentido litoral. Cerca de 30 minutos depois, o trecho foi liberado.

O protesto de caminhoneiros bloqueou os acessos ao Porto de Santos durante quase nove horas na terça-feira. A fila de caminhões fez com que a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), liberasse a circulação de veículos de passeio, que chegam da capital paulista, pelo acostamento da Rodovia Anchieta.

Perto do porto, o  Batalhão de Choque da Polícia Militar se organizou para liberar a pista e, depois disso, abordou os caminhoneiros. Alguns se negaram a sair. A polícia usou bombas de gás e prendeu sete pessoas.

O trecho da Via Anchieta em Santos, no litoral de São Paulo, foi liberado no começo da noite desta terça-feira.

O trânsito lento acabou atrapalhando os motoristas que trafegavam pelo local durante a tarde. Alguns dos condutores, que estavam com os carros parados na Anchieta, acabaram sendo assaltados por criminosos que se aproveitaram dos protestos.

Um outro grupo realizou um ato de protesto no km 560 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Parapuã, interior de São Paulo. A via foi liberada no fim da tarde.

As manifestações já reduziram a entrega de frutas na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Já foi registrada queda de 10% na entrada de caminhões carregados de frutas, como a maçã, pera e melancia, vindos da região Sul do Brasil.

Protesto na BR-381 em trecho próximo a Betim, nesta terça-feira (24) (Foto: Reprodução/TV Globo)
Protesto na BR-381 em trecho próximo a Betim,
nesta terça-feira (24) (Foto: Reprodução/TV Globo)

MG
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) começou a cumprir, nesta quarta-feira (25), a determinação da Justiça Federal de Minas Gerais para queos caminhoneiros liberem as BRs bloqueadas no estado.

De acordo com a PRF, a Rodovia Fernão Dias, no km 513, em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e em Perdões, no Sul do estado, foram desbloqueadas.

Também estão liberadas a BR-040, em Nova Lima, na Região Metropolitana; a Fernão Dias, no km 617, em Oliveira; e a BR-262, no km 368,8, em Juatuba.

O km 398 da BR 381, no trevo de Itabira, na Região Central, permanece interditado por protesto.

As manifestações na Região Metropolitana nesta semana afetaram a produção de veículos na Fiat pelo segundo dia consecutivo. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, devido à falta de peças que não foram entregues, não é possível retomar a produção, e turnos foram suspensos.

A paralisação no Centro-Oeste de Minas já provoca reflexos nos postos de combustíveis. Em Oliveira, pelo menos três já confirmaram que estão fechados e outros têm quantidade mínima para abastecimento.

No Ceará, protesto dos caminhoneiros deixa congestionamento na BR-116 (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)
No Ceará, protesto dos caminhoneiros deixa
congestionamento na BR-116
(Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

CE
Os bloqueios também chegaram ao Ceará nesta terça-feira, onde cerca de 60 caminhões fecham os dois sentidos da BR-116, em Fortaleza. Apenas veículos pequenos, de emergência e caminhões com carga viva podem passar.

Por volta das 20h, os manifestantes afirmaram que pretendiam permanecer no local durante toda a noite e só deveriam deixar o local após um uma sinalização do governo federal quanto ao atendimento das reivindicações.

O trecho é um dos principais acessos à capital cearense e com intensa movimentação de cargas, já que a rodovia liga o Ceará ao Rio Grande do Sul. Veja aqui os pontos com bloqueio.

Caminhoneiros protestam em quatro rodovias do RS (Foto: Divulgação/PRF)
Caminhoneiros protestam em  rodovias do RS
(Foto: Divulgação/PRF)

RS
Pelo terceiro dia consecutivo, caminhoneiros bloqueiam rodovias estaduais e federais no Rio Grande do Sul.

A previsão é de que pelo menos 24 rodovias sejam bloqueadas em 33 trechos na manhã desta quarta-feira (25), segundo as polícias rodoviárias

A paralisação dos caminhoneiros já afeta diversos setores produtivos no estado. Indústrias de laticínios e frigoríficos, por exemplo, estão com produção reduzida por falta de matéria-prima e já contabilizam prejuízos. Caso a circulação de mercadorias não seja normalizada, os supermercados afirmam que podem faltar produtos nas prateleiras.

Se o bloqueio continuar, em um ou dois dias faltará leite no mercado, estima o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do estado (Sindilat-RS). O maior frigorífico de suínos do estado suspendeu as atividades nesta manhã e 3 mil animais deixarão de ser abatidos.

Protesto de caminhoneiros em Mato Grosso. 3 (Foto: Reprodução/TVCA)
Protesto de caminhoneiros em Mato Grosso
(Foto: Reprodução/TVCA)

MT
Pela manhã, ao menos dez trechos das BRs 364, 163 e 070, em Mato Grosso, estavam bloqueados nesta terça-feira.

Segundo a PRF, os caminhoneiros não deram trégua durante a noite e mantiveram as interdições nos municípios de Cuiabá, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso e Diamantino. Em Sinop, o bloqueio começou no início da manhã.

Os caminhoneiros tentam impedir, há quase uma semana, que os veículos de cargas façam o escoamento da produção agrícola.

Os caminhões com combustíveis seguem presos em bloqueios e, como consequência, o óleo diesel acabou em distribuidora no Norte do estado.

Caminhoneiros durante bloqueio na BR-463 em Sanga Puitã (Foto: Martin Andrada/ TV Morena)
Caminhoneiros durante bloqueio na BR-463
em Sanga Puitã (Foto: Martin Andrada/ TV Morena)

MS
Durante praticamente todo o dia, os caminhoneiros realizaram bloqueios em nove trechos de estradas em Mato Grosso,liberando as vias no início da noite desta terça-feira.

Os protestos se concentram em  São Gabriel do Oeste, Dourados, Campo Grande e Ponta Porã. Veja aqui a situação das estradas no país.

Para o caminhoneiro Marcelo Silva, o protesto está mal organizado. Ele saiu de Santa Catarina para entregar piso em Mato Grosso e já passou por quatro pontos de manifestação. “São nossas reivindicações, claro, mas nem todos os caminhoneiros estavam preparados para a paralisação”, disse durante parada na BR-163, em São Gabriel do Oeste.

Os motoristas que participam do protesto no estado montaram tendas na beira das rodovias, onde improvisaram almoço nesta terça-feira. Os organizadores do movimento afirmam que não há previsão para o término dos bloqueios.

Caminhoneiros se reuniram durante a tarde (Foto: Alyssa Gomes / InterTV)
Caminhoneiros se reuniram durante a tarde
(Foto: Alyssa Gomes / InterTV)

RJ
Nesta terça, os caminhoneiros que aderiram à manifestação se reuniram no km 62 da BR-040, na altura de Itaipava,em Petrópolis, Região Serrana do Rio. Por volta das 15h, cerca de 100 caminhoneiros ficaram paralisados e chegaram a fechar uma parte da rodovia por cerca de uma hora e meia. Pela manhã, cerca de 30 caminhoneiros se reuniram para protestar.

Segundo Jorge Lisboa, representante do movimento na Região Serrana, o grupo continuaria com as ações às 6h desta quarta-feira (25).

Protesto paralisa estradas no Piauí (Foto: Reprodução/TV Globo)
Protesto paralisa estradas no Piauí
(Foto: Reprodução/TV Globo)

PI
Os caminhoneiros de todo o Piauí estão deixando de fazer viagens por causa do recente reajuste nos preços dos combustíveis em todo o Brasil.

De acordo com os caminhoneiros, o aumento desanimou a categoria que tem encontrado dificuldades para diminuir os gastos e manter lucros.

Desde o início do ano, foram dois os aumentos no preço dos combustíveis. Segundo o Sindicato dos Proprietários de Postos de Combustíveis do Piauí, o preço no estado é o segundo mais barato em todo o Nordeste e o aumento foi justo.

Fonte: G1