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MARCONI: “DILMA GANHOU E TEM O DIREITO DE GOVERNAR”

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O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), rema contra a maré da maioria das lideranças de seu partido, entre elas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Aécio Neves (MG), e posiciona-se contrariamente à proposta de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT): “Acho que a Dilma precisa ter condições de governabilidade, precisa tomar muitas medidas que só ela pode tomar, mas ela tem o direito a governar. Ela ganhou”, disse. A declaração de Marconi foi feita ao jornal O Popular, de Goiânia, que cobre uma visita comercial que ele, já no quarto mandato à frente do governo estadual, faz pela Europa.

Essa não é a primeira vez que o tucano defende a presidente petista em momentos de crise. Durante a pré-campanha eleitoral, num ambiente de grave acirramento político, Marconi cobriu a presidente de elogios por seu republicanismo.

Foi durante a inauguração do trecho goiano da Ferrovia Norte-Sul, em Anápolis, município distante 150 quilômetros de Brasília. Ao discursar na solenidade, Marconi qualificou Dilma como “íntegra, republicana e honesta” e disse ainda que “não deve satisfações a ninguém”, referindo-se a eventuais cobranças de correligionários. O gesto de Marconi foi de importância tal para a presidente que na noite de 26 de maio o então ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, telefonou ao governador de Goiás em nome da presidente para agradecê-lo.

O tucano sempre manteve uma relação cordial com o Palácio do Planalto, situação que lhe rendeu fartos recursos federais para investimentos e fontes de financiamento em bancos estatais. A parceria também foi motivo de insatisfação de petistas e aliados de Dilma em Goiás, queixosos da transferência de recursos para o adversário peemedebista.

Marconi sugeriu, ainda na entrevista a O Popular, publicada nesta terça-feira (aqui, para assinantes), que o resultado das urnas deve ser respeitado, pois Dilma foi eleita democraticamente. “Trabalhei para o Aécio, ele teve uma grande votação em Goiás, mas ele perdeu, nós perdemos”, adverte.

O tucano ainda pondera que nenhuma prova contundente foi trazida à tona contra Dilma. Caso isso ocorra, advoga, seria “uma questão não só de partidos de oposição, mas também a própria sociedade civil exigiria uma providência mais radical. Agora, é claro, o PSDB está na oposição e tem o direito de se manifestar.”

Brasil 247