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“O rodízio de água não acabou, só não está sendo praticado”, disse engenheiro da SAE

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No fim ano anterior, centenas de municípios brasileiros implantaram o rodízio no abastecimento de água devido a seca que castigou o país e a demora no início do período chuvoso. E mesmo tendo a temporada começado, muitas cidades decidiram por continuar com o fornecimento regrado.

Essa foi a realidade de Catalão e o rodízio, que começou em 21 de outubro daquele ano, seguiu por mais alguns meses por recomendação da Superintendência Municipal de Água e Esgoto (SAE). Dividida em dois grandes grupos, os bairros eram atendidos por um período de 3 horas a cada 36 horas.

No período da estiagem, a SAE conseguia bombear apenas 120 litros de água por segundo (l/s) quanto que o ideal para atender a demanda, segundo os técnicos do departamento, seria de 220 l/s. Agora, o nível dos rios que abastecem a cidade (Pari e Samabaia) estão normalizados e garantindo água em abundância até para os produtores rurais, severamente afetados com o estio.

Sem ter sido divulgado, o racionamento está suspenso em Catalão devido a quantidade de chuvas que têm caído desde o fim de 2014. “O rodízio ainda existe, só não está sendo praticado”, afirmou o engenheiro de recursos hídricos da SAE, Thiago Patrocínio.

De acordo com ele, o volume de chuvas vêm garantindo o provimento que aumentou consideravelmente, “mas essa sensação de que o problema não existe mais é falso. Ainda é preciso economizar água para que ela não falte mais tarde”, recomendou.

Prevendo situação um pouco pior para o meio desse ano em relação ao mesmo período do ano passado, o engenheiro contou que a partir de maio será construída uma represa que poderá estocar cerca de 3,5 bilhões de litros de água, volume esse capaz de garantir o fornecimento por 178 dias. “Assim, conseguiremos passar a seca um pouco mais aliviados”, completou Patrocínio. Não foi informado em que local será feita a represa.

Patrocínio disse também que várias medidas ainda podem e vão ser tomadas para atender à contento a população, e ressaltou a necessidade de evitar o desperdício de água.

Por: Gustavo Vieira