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Chuvas melhoram o pasto, mas produção de leite não está vantajosa em Catalão

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As chuvas que incidem por todo o país desde o fim do ano anterior melhorou e muito as pastagens, e consequentemente a produção agrícola e animal. Mesmo não estando mais na entressafra, quando a estiagem castiga os pequenos produtores por falta de chuva, o que faz com que a produção caia causando elevação no valor dos produtos, produzir leite na região de Catalão não está sendo muito vantajoso.

É o que sustenta o presidente da Cooperativa Agropecuária de Catalão (Coacal), Carlos Henrique Arruda Duarte. Ele disse que o que dificulta a vida do ruralista agora é justamente o baixo custo do leite pago ao produtor. “Para você ter uma ideia o litro do leite hoje custa ao produtor R$ 0,80 (centavos), quando que deveria ser de no mínimo R$ 1,00. Nos meses de escassez de chuvas o litro do leite custava R$ 1,20”.

Duarte também observou como negativo o que chamou de pequena estiagem no mês de janeiro, algo que era esperado somente para o início de fevereiro. Com isso, pontuou, os criadores temem perdas e os agricultores já sentem os efeitos das chuvas irregulares. “Os pecuaristas não esperavam esse tempo agora e se continuar assim (sem chuvas) as coisas só tendem a piorar”, reclamou.

Ainda de acordo com ele, a produção de leite em Catalão no momento é de 45 mil litros de leite por dia. Na estiagem os números não superavam os 38 mil litros/dia. “Só reforço que mesmo que mais favorável para produzir leite agora, os cooperados estão ganhando 20% a menos do esperado”, concluiu.

E ao que parece a estiagem atinge outros setores da economia também. A Comissão de Grãos da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg) alerta que se a estiagem se prolongar mais, os sojicultores serão os mais prejudicados. O órgão prevê perdas de 10% a 15% na produção, e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima para Goiás a produção de 9,9 milhões de toneladas do grão, o mesmo número de 2014.

Por: Gustavo Vieira