ALTMAN: CUBA VENCE QUEDA DE BRAÇO COM EUA
A “soberba imperialista determinou o comportamento da Casa Branca frente à revolução cubana”, escreve Breno Altman, em novo artigo publicado em seu blog parceiro do 247. “Sucessivos presidentes, desde o triunfo liderado por Fidel Castro, acreditaram que seria possível estrangular o novo regime através da sabotagem, da intervenção armada e do bloqueio”, diz ele.
Há décadas, no entanto, “era visível que esta estratégia, mais uma vez, estava fadada à derrota”, acrescenta o jornalista, que acredita que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, “entrará para a história, com ajuda do papa Francisco, por ter tido a coragem de assinar rendição inevitável”.
O artigo diz que “os paradigmas imperialistas, registre-se, não foram alterados”. “Basta ver a pressão que os Estados Unidos continuam a exercer, através do surrado cardápio de punições e sabotagens, contra governos que colidem com seus interesses, a exemplo da Venezuela. No caso de Cuba, porém, a realidade se impôs”.
Ao escrever sobre o futuro da ilha presidida por Raúl Castro, Breno Altman avalia que “a direção castrista, vencido o bloqueio, paulatinamente terá que substituir o anti-imperialismo, como narrativa dominante, pelo convencimento prático e cultural, principalmente junto às gerações mais jovens, acerca da superioridade de seu sistema em comparação ao capitalismo”, uma tarefa, segundo ele, que não será fácil.
Por fim, Altman constata:
A chegada dos últimos cubanos que estavam presos nos Estados Unidos desde 1998, julgados por espionagem, é recado humano e simbólico desta vontade nacional que a revolução, goste-se ou não de seus resultados, foi capaz de construir. Não havia festa e alegria nas ruas pelos 53 prisioneiros que Raul Castro ordenara libertar, fruto da negociação com Obama, considerados de “interesse dos Estados Unidos”. O júbilo era pelos compatriotas cujo retorno representa célebre vitória sobre o gigante que, há mais de cinquenta anos, ameaça a autodeterminação de Cuba.
Leia aqui a íntegra de seu artigo.
Brasil 247