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Vários crimes continuam sem solução em Catalão

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Em todo o país, famílias aguardam respostas de crimes que se tornaram um mistério, e até causam medo quando comentado ou simplesmente lembrado. Mas não se engane ao pensar que isso é apenas coisa dos noticiários jornalísticos da TV, ou que está longe de cada um.

Imperícia dos investigadores e da polícia, vagarosidade da Justiça, ou simples astucia de seus assassinos. São diversos os fatores que dificultam a conclusão de vários crimes no país. Impunidade, insegurança e revolta. São esses os adjetivos em forma de sentimento que restam à população diante dessa realidade.

Vista pela última vez em 11 dezembro de 2012, a garota Priscila Brenda, então com 14 anos, morava com seus pais no distrito de Pires Belo, a 30 quilômetros de Catalão. Conhecida por sua simpatia e humildade, Priscila foi vista entrando no carro de seu namorado para nunca mais retornar. A polícia acredita que a menina tenha sido morta e seu corpo ocultado.

O principal suspeito da morte da adolescente, o comerciante Paulo Vitor Azevedo, de 21 anos, segue preso até hoje. Claudomiro Marinho Júnior, de 26 anos, amigo de Paulo Vitor e denunciado como participante do sumiço de Priscila Brenda,  também foi detido, mas responde o processo em liberdade desde junho deste ano.

A menina Iasmin Martins de Souza Silva, de 8 anos, encontrada morta em uma construção no bairro Paineiras, na manhã do dia 9 de dezembro de 2013, é o caso mais recente a fazer parte dos questionamentos e boatos populares. A criança sofreu abuso sexual e foi morta a pauladas e os golpes atingiram principalmente seu rosto.

A polícia até investiu todas as fichas em um foragido da Justiça por suspeitar ter sido ele o autor da barbárie. O assunto trouxe ainda mais mistério quando, por meio de exame de DNA, o acusado na época, Dione César Costa Silva, foi inocentando do crime. Por ter os investigadores acreditado piamente na hipótese que caiu por terra, o verdadeiro assassino continua entre nós. Dione está preso, mas por outros crimes que cometera.

Em 1998 quando era prefeito de Catalão, Eu­rípedes Pereira, o Eurípedes Três Ranchos, foi morto sem qualquer razão aparente. O crime até hoje permanece impune e como ferida que não cicatriza na história de Catalão.

E por último, mas não menos importante, quem em Catalão nunca ouviu falar do linchamento e morte do farmacêutico Antero da Costa Carvalho? O crime ainda é tabu e ocorreu à meia noite do dia 16 de agosto de 1936. Antero foi arrastado pelas ruas da cidade e devido à crueldade com que foi assassinado, hoje é considerado por muitos um santo catalano.

Por: Gustavo Vieira