PF desarticula quadrilha de tráfico internacional em cinco estados
A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (25) a Operação “Navajo” para desarticular uma organização criminosa relacionada ao tráfico internacional de drogas com base no Triângulo Mineiro. O trabalho também ocorre em várias cidades de Minas Gerais e nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
A assessoria de Comunicação Social da Polícia Federal informou que a operação está em andamento e que ainda não há informações sobre quantas pessoas foram presas até o momento. O balanço parcial da operação aponta que foram apreendidos dezenas de veículos e uma lancha avaliada em R$ 300 mil. Também foram confiscados imóveis, dentre eles fazendas em Minas Gerais e Goiás.
Mais de 200 policiais federais cumpriram 26 mandados de busca e apreensão e 26 de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal em Uberlândia, em endereços localizados nos cinco estados abrangentes da operação.
Segundo a assessoria da polícia, as investigações tiveram início há aproximadamente um ano, período em que mais de três toneladas de cocaína foram apreendidas, com a prisão de 22 traficantes, sendo 14 em flagrante. A organização criminosa estava associada a traficantes bolivianos e introduzia a droga em território brasileiro por meio de aeronaves, que pousavam clandestinamente em pistas rurais no Triângulo Mineiro e no Sul do Goiás. O grupo também é acusado de cometer vários crimes violentos, como homicídios em decorrência do tráfico de drogas.
“As investigações ocorrem há um ano e como os fornecedores das drogas são do Paraguai e da Bolívia contamos com o apoio da Interpol para prender os envolvidos nesses estados. Hoje [quinta], a operação visa prender mais envolvidos e descapitalizá-los para que eles não voltem à atividade do tráfico”, disse o delegado da PF, Carlos Henrique Cotta D’Ângelo.
Os presos serão encaminhados ao Presídio Jacy de Assis, em Uberlândia, e responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, tráfico internacional de drogas e organização criminosa, podendo ser condenados a até 49 anos de reclusão.
O nome dado à operação faz referência ao modelo de aeronave preferido pelo líder da organização investigada, que era usado para o transporte da cocaína.
Do G1/Goiás