Mundo relembra 75 anos da 2ª Guerra Mundial
Há setenta e cinco anos, em 1º de setembro de 1939, eclodiu na Europa a 2ª Guerra Mundial, um conflito que dizimou mais de 60 milhões de pessoas e envolveu dezenas de países de todo o mundo.
Soldado soviético coloca a bandeira da URSS no topo da sede do Reichstag, em Berlim, após vitória contra os nazistas.
Se a 1ª Guerra Mundial foi considerada na época uma “surpresa” para a grande maioria dos europeus, não se pode dizer o mesmo da 2ª Guerra. Ao longo de toda a década de 1930, na Europa e na Ásia, estavam ocorrendo conflitos, e seu vetor global era bastante claro.
No entanto, como se viu, não era claro para todos. Os líderes do Reino Unido e França, em vez de se contraporem realmente ao agressor ganhando força, que era a Alemanha de Hitler, optaram por seguir o curso de seu “apaziguamento”. Foi justamente por culpa desses países que no final da década de 1930 foi perdida a última chance real de estabelecer uma coalizão preventiva anti-hitleriana.
Em vez de cortar pela raiz o fortalecimento do poder militar e político alemão, as potências ocidentais de então deram a Hitler a Áustria, os Sudetos, e depois o resto da Tchecoslováquia, fecharam os olhos ao surgimento de campos de concentração no país e ao antissemitismo.
A ativista Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, afirma em declarações ao Portal Vermelho que “a invasão da Polônia pela Alemanha em 1939 é apontada como o evento que fez eclodir o conflito mais fatal da história da humanidade, a 2ª Guerra Mundial, causando a devastação disseminada e a morte de mais de 60 milhões de pessoas, o que equivalia a mais de 2,5% da população global”.
Segundo ela, “o nazismo e o fascismo avançaram na guerra contra os povos, que envolveu diretamente mais de 30 países. A grande maioria dos mortos era de civis inocentes e episódios horrendos como o holocausto de judeus, eslavos, negros, ciganos e outros povos nunca podem ser esquecidos”, relembra Socorro.
O auge da preparação da 2ª Guerra Mundial acontece no período que se segue à grande crise de 1929, como uma reação das elites. Alguns estudiosos opinam tratar-se de uma continuidade da primeira grande guerra, intensificada deliberadamente por essas elites políticas e econômicas que buscavam uma saída da crise à custa dos povos. Todas as grandes potências envolveram-se diretamente na guerra, marcada por bombardeios deliberados a regiões povoadas e locais estratégicos, principalmente de indústria.
Vários conceitos foram revistos com base na brutalidade imposta aos civis, para a formulação de princípios do Direito Internacional Humanitário. Além disso, os Estados Unidos inauguraram a bomba nuclear, despejando toneladas de urânio e plutônio sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, causando o genocídio de mais de 200 mil japoneses quase instantaneamente e deixando ainda efeitos duradouros.
“Episódios e métodos brutais foram acompanhados de articulações políticas com agendas imperialistas que levaram inúmeros movimentos sociais a reagir, unindo-se, em todo o mundo, em prol da luta pela paz, contra a dominação, em torno da solidariedade internacional. As marcas históricas de uma das maiores tragédias da humanidade devem ser recordadas para fortalecer a luta global contra o imperialismo e em defesa dos povos”, encerra Socorro.
Portal Vermelho