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Prefeito reúne-se com dirigentes do CRAC e time continua no brasileirão

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Reviralvolta

Os dicionários da língua portuguesa são categóricos ao afirmar que o que é ridículo é “digno de riso, merecedor de escárnio ou zombaria, que se presta à exploração do lado cômico, irrisório, risível: situação insólita e mesmo ridícula”. Adjetivos esses que se implicam perfeitamente a realidade do Clube Recreativo Atlético Catalano (CRAC).

Há cerca de dois anos o clube convive com uma crise que o levou a uma série de representações de ex-jogadores no Ministério do Trabalho, sendo que por isso parte de seus bens estão penhorados pela Justiça, algo inédito em toda a sua história; além disso enfrenta dificuldades para arcar com a folha salarial de seus jogadores e deve na “praça” algo em torno de R$ 3 milhões de reais, entre tantos outros problemas. Especula-se ainda o forte indício de corrupção por parte de seus antigos gestores, mas isso não foi comprovado até hoje.

E superando o limite tolerável do absurdo, que é quando pensamos que não dá para piorar e de repente lá está o fundo do poço, o presidente do CRAC, Helson Barbosa, o Caçula, em entrevista a uma rádio local na manhã do dia 13 de agosto, clamou por ajuda e deixou entender [até de maneira clara] que essa insana realidade pela qual o Leão do Sul passa é culpa da Prefeitura Municipal, ou seja, do prefeito Jardel Sebba (PSDB), que não tem ajudado o time à contento e por isso essa condição apocalíptica, disse ele.

Lembra-se do fundo do poço? Pois é. Ele ainda tem um alçapão. Nesta mesma emissora de rádio o apresentador chegou a realizar uma “vaquinha” – no entendimento popular que dizer “rateio entre amigos, para pagamento de uma despesa ou obrigação comum – para ajudar o clube, isso porque foi anunciado pelo presidente que o CRAC iria deixar o Campeonato Brasileiro série C devido a sua péssima condição financeira, que não o possibilitava condições de permanência na competição.

Durante o programa muito dinheiro foi arrecadado e até o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, se sensibilizou com o estado cataclísmico do Leão e garantiu R$ 10 mil dos seus em socorro. Outras rádios já mostraram interesse e vão fazer o mesmo.

No meio da tarde do mesmo dia (13/08) Caçula, a pedido do prefeito municipal, se encontrou com o mesmo na Prefeitura para tratar de possíveis amparos ao CRAC, o que de fato aconteceu. Como uma luz no fim do túnel (ou seria poço?), uma vez tendo Jardel mostrado interesse em colaborar com o que for preciso e possível, foi decidido que o presidente deverá no prazo de dez (10) dias tornar o clube apto a receber repasses da Prefeitura, como explicou ao Blog do Mamede o secretário municipal da Comunicação, Marcus Araken D’Amico. “Ele deve resolver os problemas com o Ministério do Trabalho e as certidões negativas do CRAC, além de sua conta corrente que está bloqueada devido a cheques devolvidos, entre outros. Estamos levantando um estudo econômico e na próxima terça-feira (19/08) iremos divulgar como poderemos contribuir”, explicou D’Amico.

Com os ânimos controlados, pelo menos por enquanto, o time de prefeitura, como é vulgarmente chamado pelos críticos, tem pouco tempo para que tudo seja acertado e realmente não abandone o barco. Com isso, os jogadores voltam aos treinamentos nesta quinta-feira (14/08) e vai enfrentar o Botafogo-PB no domingo, às 16h, no Estádio do Almeidão, em João Pessoa.

O Leão segue na zona de rebaixamento do Grupo A do Campeonato Brasileiro da Série C, onde está na nona colocação com oito pontos.

 

Por: Gustavo Vieira/Imagem: ilustrativa