Exército de Israel disse que reagiu a ‘terroristas’ em veículos com luzes apagadas, mas vídeo em celular encontrado junto a um dos corpos mostra ataque covarde
Publicado 05/04/2025 19:13
O exército israelense atacou ambulâncias na Faixa de Gaza e com isso matou 15 profissionais de saúde e humanitários que pertenciam ao Crescente Vermelho Palestino (PRCS – organização humanitária da Cruz Vermelha), à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Defesa Civil. Para piorar a situação ocorrida em 23 de março, em Rafah, o governo de Israel mentiu sobre o fato ao alegar que havia reagido contra “terroristas” próximos a veículos suspeitos.
Os corpos dos socorristas foram enterrados em vala comum e o acesso só foi liberado após cinco dias. As suspeitas da farsa israelense eram enormes e um vídeo divulgado pelo PRCS neste sábado (5) ajudou a desmascarar a nova mentira do governo de Benjamin Netanyahu (confira abaixo).
O vídeo foi recuperado do telefone celular de um dos paramédicos encontrados na vala comum. Nele é possível ver que o comboio de cinco ambulâncias, um caminhão de bombeiros e um veículo da ONU é alvejado de forma frenética e sem nenhum motivo.
O tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz militar de Israel, chegou a falar que os veículos não tinham autorização para circular na área e estavam com luzes apagadas, o que é notoriamente desmentido pelo vídeo onde é possível ver os faróis e sirenes ligadas.
No texto que acompanha o vídeo do PRCS é colocado: “As imagens mostram claramente que as ambulâncias e os caminhões de bombeiros que eles estavam usando estavam visivelmente marcados, com luzes de emergência piscando no momento em que foram atacados. Este vídeo refuta inequivocamente as alegações da ocupação de que as forças israelenses não atacaram ambulâncias aleatoriamente e que alguns veículos se aproximaram “de forma suspeita, sem luzes ou marcações de emergência”.
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O único sobrevivente do ataque, que se protegeu atrás de uma ambulância, é Munther Abed: preso, vendado e posteriormente interrogado por 15 horas até ser liberado.
Sobre o ataque em que existem sinais de execução de alguns socorristas, Munther rejeitou à BBC a alegação de Israel sobre ter agentes do Hamas na equipe e foi enfático ao dizer que todos eram civis sem nenhuma ligação com grupos militantes, e somente tinham o compromisso de “oferecer serviços de ambulância e salvar vidas”.
A morte dos paramédicos enterrados com uniformes e ainda usando luvas causou revolta. Na última quinta (3), Volker Türk, titular do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh), afirmou ao Conselho de Segurança da ONU estar horrorizado com as 15 mortes e levantou “dúvidas sobre o cometimento de crimes de guerra por parte do Exército israelense”.
*Com informações BBC e RFI
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