O papa Francisco surpreendeu peregrinos que ocupavam a praça São Pedro neste domingo (6). O pontífice apareceu ao público da missa, abençoou os presentes e fez uma saudação: “Bom domingo a todos! Muito obrigado!”

A missa fazia parte do Jubileu dos Enfermos e do Mundo da Saúde. De acordo com o Vaticano estavam presentes cerca de 20 mil peregrinos entre pacientes, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas, profissionais da saúde e voluntários, provenientes de mais de 90 países.

Antes de aparecer ao público pela primeira vez desde que deixou a policlínica Gemelli, em Roma, depois de ficar 38 dias internado devido a um quadro de pneumonia, o Santo Padre recebeu o sacramento da reconciliação na Basílica de São Pedro. A previsão inicial era de que o papa somente estaria com o público na Páscoa, em 20 de abril.

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Ainda em recuperação, Francisco deixou a internação há duas semanas e permanece com o auxílio de oxigênio e cadeira de rodas. Sua santidade permanece com tratamentos como o de fisioterapia motora e respiratória.

O pontífice foi efusivamente saudado ao atravessar o caminho até o palco. Além da leitura da homilia, preparada por Francisco, pelo arcebispo Rino Fisichella, pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, responsável pela missa, ao final, já com a presença do papa, foi lida uma mensagem por uma fiel que ele também organizou: “Sua Santidade o Papa Francisco saúda com afeto todos os que participaram desta celebração e agradece do fundo do coração as orações dirigidas a Deus pela sua saúde, desejando que a peregrinação jubilar seja rica de frutos. Ele lhes concede a bênção apostólica, estendendo-a aos entes queridos, aos doentes e aos sofredores, bem como a todos os fiéis hoje reunidos.”

Angelus

A tradicional oração do Angelus, que recorda a Anunciação do Senhor, feita ao meio-dia de domingo, foi novamente publicada pelo Vaticano, enquanto Francisco se recupera. No texto, o pontífice, mais uma vez, faz um apelo pela paz mundial e falou sobre a sua recuperação: “Caríssimos, assim como durante a minha hospitalização, também agora, na minha convalescença, sinto o “dedo de Deus” e experimento a sua carícia cuidadosa.”

E também destacou o dia do Jubileu dos enfermos e do mundo da saúde: “peço ao Senhor que esse toque de seu amor possa alcançar aqueles que sofrem e encorajar aqueles que cuidam deles. E rezo pelos médicos, enfermeiros e profissionais da saúde, que nem sempre são ajudados a trabalhar em condições adequadas e, às vezes, são até vítimas de agressão. Sua missão não é fácil e deve ser apoiada e respeitada. Espero que os recursos necessários sejam investidos em tratamento e pesquisa, para que os sistemas de saúde sejam inclusivos e atentos aos mais frágeis e aos mais pobres.”

Sobre o apelo pela paz, disse que continua rezando pela paz na Ucrânia, em todo Oriente Médio, Sudão e Sudão do Sul, na República Democrática do Congo, Haiti e em Mianmar, atingida por um terremoto. Em referência a Gaza, indicou que “as pessoas são reduzidas a viver em condições inimagináveis, sem abrigo, sem comida, sem água potável” e pede que “as armas sejam silenciadas e o diálogo seja retomado; que todos os reféns sejam libertados e a população seja socorrida.”