Além da tarifa, Pequim restringe exportações, investiga empresas norte-americanas e reage à instabilidade nos mercados. Guerra comercial entre as potências se intensifica
Publicado pelo Portal Vermelho
A China anunciou nesta sexta-feira (4) a imposição de tarifas de 34% sobre todas as importações originárias dos Estados Unidos. A medida entra em vigor no dia 10 de abril e foi confirmada pelo ministério das Finanças do pais como uma resposta direta à decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de aplicar tarifa de mesmo valor sobre produtos chineses.
Em comunicado, o governo chinês classificou as ações dos EUA como “incompatíveis com as regras do comércio internacional” e afirmou que elas “prejudicam seriamente os direitos e interesses legítimos da China”, além de representar uma “típica prática unilateral de intimidação”.
A retaliação chinesa ocorre em meio à escalada da guerra comercial iniciada por Trump com o anúncio de um pacote tarifário de abrangência global. A nova taxa eleva a carga total sobre produtos chineses para mais de 60%, considerando os tributos anteriormente aplicados por Washington.
Além das tarifas, o governo de Pequim implementou uma série de contramedidas. Onze empresas norte-americanas foram adicionadas à lista de “entidades não confiáveis”, sendo proibidas de operar na China ou realizar negócios com empresas locais.
Outras 16 entidades dos EUA foram incluídas na lista de controle de exportações, e sete tipos de minerais de terras raras — como samário, gadolínio e térbio — tiveram sua exportação restringida. O país também iniciou investigações antidumping sobre tubos de raio-X e suspendeu a importação de frango e sorgo de grandes fornecedores norte-americanos.
O impacto foi imediato nos mercados financeiros. O petróleo Brent caiu 6,1%, enquanto o WTI recuou 6,6%. Os principais índices de ações dos EUA e da Europa operaram em queda: o S&P 500 caiu 2,4%, a Nasdaq recuou 2,7% e o índice Stoxx 600, referência da Europa, perdeu 4,4%. Na Ásia, o índice Nikkei teve baixa de 2,75%, acumulando queda de 9% na semana.
O índice do dólar subiu 0,5% após ter registrado forte queda na véspera. Analistas alertam para o risco de recessão global, com aumento da inflação e desorganização nas cadeias de suprimentos.
“A China está em melhor posição para enfrentar essa rodada de tensões comerciais”, avaliou Wang Dong, diretor do Instituto para Cooperação Global da Universidade de Pequim ao jornal The New York Times.
Segundo ele, Pequim aposta que os danos econômicos internos levarão Trump a recuar. Jude Blanchette, do centro de estudos RAND, disse que a reação chinesa era “inevitável” e marca o fim de qualquer ilusão sobre uma solução negociada com o atual governo norte-americano.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reconheceu que “os mercados estão despencando” após o tarifaço de Trump, mas disse que “os negócios vão se ajustar”.
Comércio entre os dois países movimentou mais de US$ 580 bilhões em 2024. A nova rodada de tarifas e contramedidas representa a ruptura mais profunda nas relações comerciais entre Washington e Pequim desde a década de 1990.
O governo chinês, que enfrenta desaceleração econômica e tenta estimular o consumo interno, reiterou que as diferenças comerciais devem ser resolvidas “por meio de consultas respeitosas e mutuamente benéficas”. Até o momento, no entanto, não há previsão de reabertura de diálogo entre Trump e Xi Jinping.
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