O Movimento Camponês Popular (MCP) ocupou na manhã de hoje (26) agências da Caixa Econômica Federal – Caldas Novas, Catalão, Crixás, Ipameri, Santa Terezinha, Orizona, Posse e Vianópolis – e do Banco do Brasil – Cidade de Goiás, em Itapuranga, Jaraguá e Rubiataba – em Goiás. Ao todo, foram 18 unidades paralisadas o que provocou a interrupção de seus serviços e deixou milhares de clientes sem atendimento e revoltados com a situação.
O grupo pede que o governo federal volte a liberar o pagamento das parcelas do programa Minha Casa Minha Vida, ligado ao Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). Um dos líderes do MCP na região, Ronaldo Rodrigues da Costa, afirma que há meses as obras estão paralisadas e que os ruralistas ligados ao programa estão endividados pelo descaso do governo.
“Desde dezembro de 2013 sofremos com isso e pela falta do repasse do dinheiro não temos como pagar as lojas de material de construção para andar com as obras. Da parte do governo do Estado existe um Cheque Moradia atrasado desde a última etapa que até já foi concluída. Isso tudo é questão politiqueira da presidente Dilma que quer se eleger de novo, por isso não nos intimidamos e vamos ficar aqui quantos dias for preciso”, explicou Ronaldo. Ele disse ainda que uma equipe do movimento está em Brasília negociando com os Ministérios envolvidos e que espera que tudo seja normalizado o quanto antes. “O gerente local do banco não apareceu aqui para conversar com a gente”, acrescentou Ronaldo.
Marivalda Aparecida dos Santos, também a frente do MCP, contou que essa ação é um direito democrático e que é necessário que a população entenda a classe, que por muitos anos sofre com as mazelas do governo. “Esperamos resposta também do governo estadual que é parte do problema. Se eles (governantes) tivessem liberado a verba para construir as casas, jamais estaríamos aqui. Viemos aqui simplesmente reivindicar nossos direitos, a moradia para o camponês como promessa deles mesmos”, pontuou.
Diferente de outros manifestos o MCP não está usando do auxílio de suas ferramentas de trabalho na paralisação, isso, “para que ninguém use de afirmar que nós estávamos armados. Com as mãos livres temos mais força”, observou Marivalda.
As duas unidades bancarias da Caixa Econômica Federal em Catalão estão sem atividade por tempo indeterminado, inclusive algumas agências do Banco do Brasil em outras cidades e Estados. Na microrregião de Catalão, de acordo com os líderes entrevistados, cerca de 350 famílias estão afetadas e mais de 1.500 em todo o Estado passam pelo mesmo problema.
Por: Gustavo Vieira
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