Réu em ação penal movida pelo MPGO é condenado pelo Tribunal do Júri de Catalão a 26 anos de prisão por morte de namorada, ocorrida em 2012

O réu Paulo Vitor Azevedo, denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), foi condenado pelo Tribunal do Júri a 26 anos de prisão pelo homicídio qualificado (por motivo fútil) de sua então namorada, Priscila Brenda Pereira Martins da Silva, de 14 anos, em crime ocorrido no Distrito de Pires Belo, em Catalão, em 2012.

O julgamento foi iniciado na segunda-feira (17/3) e concluído ontem (18/3), com atuação pela acusação dos promotores de Justiça Renner Carvalho Pedroso e Diego Henrique Ferreira em sessão do júri presidida pelo juiz Felipe Sales Souza. Atuou como assistente de acusação o advogado Gabriel Álvares Figueiredo Silva.

Embora o réu tenha sido acusado à época dos fatos também pela destruição do cadáver da jovem, foi declarada extinta a punibilidade do réu por este crime, em razão da prescrição da pretensão punitiva, na modalidade retroativa.

Durante o júri, após deliberação dos jurados, três testemunhas acabaram presas em flagrante por não terem falado a verdade em seus depoimentos (crime de falso testemunho). Na sentença, o juiz também negou ao réu o direito de recorrer em liberdade e determinou a imediata execução da pena aplicada pelo Tribunal do Júri, com a expedição do mandado de prisão.

Paulo Vitor e um outro homem, que teria agido com ele na execução dos crimes, foram levados a júri anteriormente, em 2023, tendo sido o primeiro condenado e o segundo absolvido. O julgamento de Paulo Vitor, contudo, foi anulado, sendo a nova sessão realizada hoje.

A denúncia no caso foi oferecida em 25 de março de 2014 pelo promotor de Justiça Bernardo Morais Cavalcanti. Nela, o MP relatou que Paulo Vitor e o outro homem mataram Priscila Brenda Pereira Martins da Silva. As investigações apontaram que a adolescente mantinha um relacionamento com Paulo Vitor e com um outro rapaz concomitantemente.

Na data dos fatos, 11 de dezembro de 2012, por volta das 19 horas, a vítima e o réu, que estava acompanhado do seu suposto comparsa, estavam em um pit dog no Distrito de Pires Belo e ficaram ingerindo bebidas alcoólicas até por volta das 22h45, ocasião em que todos entraram no carro do denunciado e partiram para lugar incerto.

Depois disso, os dois teriam matado a vítima e ocultaram o seu cadáver, impelidos pelo ciúme do acusado.

(Texto: Cristiani Honório/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)