Uma série de informações falsas sobre o Pix espalhadas por políticos e influenciadores bolsonaristas nas redes sociais favorecem o crime organizado. O Banco Central adotou novas regras de segurança que impedem que CPFs e CNPJs inativos, principalmente registrados no nome de pessoas que já morreram, sejam usados em fraudes e golpes contra a população brasileira.
No entanto, pelas redes sociais, grupos bolsonaristas têm espalhado a falsa informação de que as regras adotadas têm como objetivo o controle social. Integrantes da oposição espalharam que a chave pix de quem tem dívidas com a Receita Federal será suspensa. Mas a afirmação não é verdadeira.
O BC publicou as alterações nas normas e destacou que ficarão inabilitados para chaves Pix CPFs que estão em situação “suspensa”, “cancelada”, “titular falecido” e “nula”. No caso dos CNPJs, os que aparecem nos registros em situação cadastral “suspensa”, “inapta”, “baixada” e “nula” também ficam impossibilitados de serem usados para uso no Pix. O BC destacou que o impedimento para uso do CPF e do CNPJ como chave Pix não tem relação com o pagamento de tributos.
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No X, antigo Twitter, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) compartilhou um post de uma conta que afirma que o Banco Central tomou medidas de controle social. Frequentemente o parlamentar faz publicações com informações falsas ou deturpadas para enganar os internautas. Ele foi criticado pelos próprios seguidores na postagem.
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, esclareceu a norma do Banco Central de maneira contundente. “Morto não faz Pix”, escreveu ela no X. Usando informações de pessoas que já faleceram, golpistas enganam idosos, jovens e criam contas no sistema bancário para escoar o dinheiro obtido com o crime.
A desinformação sobre a regra do BC favorece o crime organizado, pois coloca parte da população contra uma norma de segurança criada para combater delinquentes que utilizam este meio de pagamento para lavar dinheiro e cometer crimes como estelionato e fraude.
Da redação