O Brasil registrou, em janeiro de 2025, a chegada de 1,48 milhão de turistas estrangeiros — o maior volume para o mês desde 1990. O número, divulgado pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Embratur e a Polícia Federal, representa um salto de 55% em relação a janeiro de 2024, consolidando uma trajetória ascendente que já havia batido recordes de faturamento no ano anterior, com US$ 7,3 bilhões em receitas.
A explosão de visitantes reflete uma combinação de estratégias: investimentos em promoção internacional, facilitação de acesso e uma reconexão com mercados vizinhos, especialmente a Argentina, responsável por 870 mil entradas — crescimento de 92% em um ano.
Chile, Estados Unidos e Europa também ampliaram sua participação, atraídos por uma oferta diversificada que vai de ecoturismo na Amazônia a eventos culturais no Rio de Janeiro, passando pela cultura vibrante e a gastronomia reconhecida internacionalmente.
Argentinos lideram, mas o mundo quer visitar o Brasil
A proximidade geográfica e acordos bilaterais explicam parte do fenômeno argentino: 54% dos turistas entraram por vias terrestres, muitos rumo aos estados do Sul. O Rio Grande do Sul recebeu 518 mil visitantes, enquanto o Rio de Janeiro e São Paulo capturaram o fluxo aéreo, com voos lotados de europeus e norte-americanos.
“Nenhum país teve crescimento nessa dimensão na chegada de turistas. O governo Lula, através da Embratur, unindo esforços do setor privado, Ministério do Turismo, estados e municípios, está ajudando a transformar o potencial turístico que sempre tivemos em realidade. A grande diferença agora é que colocamos o turismo internacional como prioridade para o desenvolvimento do país, viabilizando uma ampliação da conectividade aérea que também é recorde”, destacou Marcelo Freixo, presidente da Embratur.
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Ele também citou a prioridade dada à conectividade aérea e as campanhas segmentadas, como a presença do Brasil como país homenageado na Feira Fitur, em Madrid, a maior do mundo no setor. E anunciou nas redes sociais um projeto turístico unindo Brasil e Portugal, “para fortalecer o turismo bilateral e ampliar o fluxo de turistas entre os dois países”.
Eventos globais e impacto econômico
O ministro Celso Sabino reforçou que o resultado é fruto de uma política de Estado iniciada em 2023, com investimentos em aeroportos, segurança e capacitação de profissionais. A aposta em megaeventos também ganha destaque: em julho, o país sedia a cúpula do BRICS no Rio, e em novembro, a COP30 em Belém colocará o Pará no radar mundial.
Já Marcelo Freixo reforçou que “esses eventos são oportunidades únicas para consolidar a imagem do país como destino turístico sustentável e de relevância internacional”.
O setor, que já responde por 8% do PIB, gerou 283 mil empregos formais nos últimos dois anos. Em janeiro, hotéis, restaurantes e agências de viagem registraram ocupação média de 82% nos destinos mais procurados. “Seguimos trabalhando para que essa tendência continue impulsionando a economia e gerando novas oportunidades para os brasileiros”, lembrou Sabino.
Com tudo isso, o governo projeta superar a marca de 8 milhões de turistas ao ano até 2027. Se janeiro é um indicativo, o Brasil não está apenas no mapa — está se transformando em potência turística.
Da Redação