A deputada federal Erika Hilton (PSOL) acionou a Polícia Federal (PF) no último domingo (19) para pedir a abertura de um inquérito para identificar os autores das ameaças de morte que recebeu após divulgar um vídeo em suas redes sociais rebatendo as fake news sobre o Pix.
Perfis ligados a extrema direita sugerem em comentários que a deputada deveria ser assassinada. Um das contas, na rede social X (antigo Twitter), afirmou que pistoleiros deveriam ser “contratados para ficar na sua cola”, e que o “Projeto Ronnie Lessa 2.0 teria que entrar em ação”. Além das ameaças, há ainda diversos comentários transfóbicos dirigidos à líder da bancada do PSOL na Câmara.
A deputada aponta que pretende “responsabilizar quem comete crimes”, mas sem “perder o foco” contra quem dissemina fake news. “[O foco] é espalhar a verdade sobre os fatos, combater a desinformação daqueles que querem sequestrar, fazer refém e destruir a democracia, o livre debate público, a divergência de ideias, que é completamente diferente da mentira, do ódio, das ameaças”, explicou Erika.
O vídeo publicado pela deputada do PSOL conta com milhões de visualizações nas redes sociais e alerta que a extrema-direita quer que o povo acredite em algo que nunca existiu, se referindo à “taxação do Pix” que o deputado bolsonarista Nikolas Ferreira insinua em um vídeo viral nas redes sociais e ao medo de maior cobrança de imposto de renda dos pequenos comerciantes e trabalhadores informais. Essas medidas nunca estiveram sequer nos planos do governo do Lula.
“A violência da extrema direita é conhecida por todos nós. Sinto que parte deles não se conforma com a propagação da verdade, e quer apelar para ameaças e intimidações para que eu recue. Não recuarei”, conclui Erika.