O Ministério da Saúde realizou, no final de outubro, um pregão para adquirir mais 69 milhões de doses da vacinas contra a Covid 19. Antes da compra, a pasta já havia recebido, no mesmo mês, outras 1,2 milhão de doses de imunizantes contra a doença.
Segundo Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) “estas aquisições, que asseguram o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil, representam a garantia de proteção de formas graves da doença pelos próximos dois anos para crianças, adultos e idosos”.
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Das doses adquiridas no fim de outubro, 57 milhões são do imunizante desenvolvido com tecnologia recombinante pelo Instituto Serum da Índia, representado no Brasil pela Zalika Farmacêutica. Elas são destinadas a pessoas com 12 anos ou mais e devem ser aplicadas em duas etapas.
Outras 11,92 milhões, fornecidas pela Pfzer, são para crianças menores de 12 anos. A meta estabelecida pelo Ministério é garantir a continuidade da imunização no país, cobrir de forma ampla as diversas faixas etárias para a proteção da população brasileira.
Com essa nova compra, a população terá a garantia de proteção contra as formas graves da doença pelos próximos 2 anos.
Modelo de aquisição evita desperdício
Por determinação da ministra da Saúde, Nisia Trindade, para a aquisição das vacinas está previsto o sistema de pregão eletrônico, em que o Ministério não é obrigado a comprar o total especificado em edital de uma única vez, mas sim na medida em que houver demanda.
Este modelo de compra foi adotado para evitar acúmulo de estoque, como ocorreu em vezes anteriores. Mas o diretor do PNI garante que o Ministério vai assegurar a disponibilização de doses de Covid-19 durante todo o ano, pelo Sistema Único de Saúde. Eder Gatti conclui que “a gente vai manter a oferta permanente de vacina contra a Covid-19 nos postos de saúde”.
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Operação aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aberta a disputa, duas empresas ofertaram lances com valores mais baixos para a aquisição das vacinas.
A ministra Nisia ressalta que dificuldades tanto operacionais como de vacinações decorrem ainda daquele “período crítico da pandemia, em que a principal liderança do país negava a efetividade da vacina, quando houve uma enxurrada de desinformação sobre imunização, além de mentiras sobre riscos jamais comprovados cientificamente”.
A partir de 2023, a resposta do governo Lula a essa situação foi instituir o Movimento Nacional pela Vacinação. Reconhecida pela UNICEF, a iniciativa vem alcançando a reversão da tendência de queda da cobertura vacinal, o que tirou o Brasil da lista dos 20 países que menos vacinam, conclui a Ministra da Saúde.
Da Redação