Os técnicos administrativos da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiram com 116 votos a favor, 63 contra e seis abstenções, após uma reunião realizada na última quarta-feira, 11, encerrar a greve da categoria que se arrastava desde março desse ano.
Esses profissionais reivindicaram e continuam a buscar do Governo Federal a imediata aplicação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) e os fundos dos royalties do petróleo na educação, como parte da meta do Plano Nacional de Educação (PNE); reajustes em seus vencimentos que, segundo eles, está defasado há cerca de dez anos; a implantação dos turnos contínuos e a manutenção do vínculo entre a universidade e o Hospital das Clínicas em Goiânia; contratação de mais funcionários para o quadro atual que consideram insuficiente; entre outros.
Um dos membros do comando local de greve do Campus Catalão da UFG, Roberto Tavares, informou que a greve da categoria durou 85 dias e que conforme deliberado em assembleia, as atividades devem ser retomadas a partir de hoje (16/6).
“Saímos da greve sem conquistar muito. Achamos por bem deixá-la porque o nosso movimento estava enfraquecido nesse momento em que o país sedia a Copa do Mundo, e por causa do Governo Federal que não nos atende e tem agido assim com outras duas greves também”, explicou. Ele disse ainda que apenas algumas instituições de ensino superior decidiram abandonar o movimento grevista, mas que ele continua forte e no restante do país.
Uma das conquistas da classe junto ao Governo Federal foi o início do Plano Nacional de Capacitação dos Técnicos e o mestrado profissional em gestão pública com gratificação.
Alguns setores da unidade em Catalão que permaneceram inativos ou em funcionamento limitado durante a paralisação – Biblioteca Central do Campus II e Bibliotecas Setoriais do Campus I, Letras e Linguística, Regional Goiás e Regional Catalão – voltaram a funcionar nos horários normais. Tavares disse esperar que todo o trabalho seja normalizado no prazo de um mês.
Por: Gustavo Vieira
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