O exército de Israel realizou nesta segunda (9) um ataque maciço contra vários pontos da região central da Síria, matando ao menos 18 pessoas e deixando 40 feridas. O bombardeio ocorre em meio aos preparativos de Tel Aviv para iniciar uma guerra com o Hezbollah, no sul do Líbano.

O ministério da Saúde da Síria classificou a investida israelense como “agressão brutal e bárbara”. Uma fonte de segurança síria relatou à agência de notícias SANA que “ o inimigo israelense lançou uma agressão aérea na direção do noroeste do Líbano, visando várias instalações militares na região central [da Síria]”.

À agência Reuters, outras fontes informaram que os militares tiveram como alvo um centro de investigação militar para a produção de armas químicas.

Os ataques se concentraram nas províncias de Damasco, Hama, Tartus e Homs. O Centro de Pesquisa Científica, de Hama, também foi um dos pontos atingidos.

Israel regularmente tem como alvo instalações militares na Síria com suposta ligação ao Irã e a grupos de resistência que condenam o regime sionista, como o libanês Hezbollah. Desde o início da intensificação das operações militares lideradas pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Palestina, o Hezbollah, apoiador da causa palestina, têm confrontado as IDF.

Guerra com o Hezbollah no Líbano

Ao mesmo tempo em que Israel realiza ações na Síria e continua o massacre sobre a Faixa de Gaza, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seus asseclas preparam uma incursão militar ao sul do Líbano, para enfrentar o Hezbollah.

Nesta terça (9), o ministro da Defesa Yoav Gallant disse que disse às tropas do país que sua pasta está mudando o foco de Gaza para a frente norte (fronteira sul do Líbano, onde o Hezbollah atua) e que deveriam preparar-se para uma ofensiva terrestre ali.

“O Hamas como formação militar não existe mais. O Hamas está envolvido numa guerra de guerrilha”, disse Gallant à imprensa estrangeira, justificando a saída das tropas israelenses de Gaza.

“O centro de gravidade está se movendo para o norte [Líbano], estamos nos aproximando da conclusão de nossas missões no sul [Faixa de Gaza], mas temos uma tarefa aqui que não foi realizada, e essa missão é mudar a situação de segurança e devolver os residentes às suas casas,” ele disse aos reservistas da Brigada Oded, no norte de Israel.

Desde o início das trocas de agressão entre o Hezbollah e o exército israelense, dezenas de milhares de cidadãos foram forçados a deixar suas casas ao norte do Estado judeu. A fuga de civis foi um dos motivos dos últimos protestos contra o governo Netanyahu.