De acordo com a Constituição, o voto é obrigatório para os eleitores entre 18 e 70 anos, sendo facultativo para as demais faixas etárias
Publicado pelo Portal Vermelho
O Brasil possui 1.836.081 eleitores menores de 18 anos, sendo 724.324 (0,46% do eleitorado) de 16 anos e 1.111.757 de 17 anos (0,71%). Comparado as eleições municipais de 2020, quando se alistaram 1.030.563, houve um crescimento de 78% dos que podem votar no dia 6 de outubro.
Diferente do perfil geral do eleitorado, onde as mulheres (52,47%) são maioria entre os eleitores, na faixa etária menor há o predomínio masculino: são 362.230 (50,01%) de homens contra 362.094 (49,99%) de mulheres.
Na faixa de 17 anos há uma inversão. As mulheres são 559.248 (50,30%) contra 552.509 (49,70%) dos homens.
De acordo com a Constituição, o voto é obrigatório para os eleitores entre 18 e 70 anos, sendo facultativo para as demais faixas etárias.
Leia mais: PCdoB é o partido com mais candidaturas negras nas eleições 2024
Os dados estão disponíveis nas estatistas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que diz que a reversão foi iniciada em 2022, com crescimento de jovens eleitores acima de 51% na comparação com a última eleição geral.
O TSE diz que desde 2018 as estatísticas do eleitorado brasileiro habilitado para votar mostram que o número de eleitoras e eleitores cresceu 6,21%, passando de 147 milhões para 156.454.011 pessoas nas Eleições 2022.
Ao Tribunal, a cientista política e doutora pela Universidade de Brasília (UnB) Marcela Machado, afirma que o interesse dos jovens brasileiros pela disputa eleitoral pode ser justificado pelo recente histórico da política no país.
Ela diz que as pessoas entenderam que tudo é política. “Então não dá para ficar isento. Falamos sobre política em todas as rodas. As pessoas estão muito mais conscientizadas de que a política é algo que toca a todo mundo, e muito dessa conscientização é por conta das redes sociais: vídeos, ações e linguagens mais palatáveis para atingir esse público”, afirma.
Engajamento
Além disso, a cientista diz que o relacionamento dos jovens com a política tem forte relação com o “engajamento” do pleito.
“Eleições municipais tratam de temas a nível local, que, às vezes, não se convertem em engajamento. Por conta justamente dessa característica ‘paroquial’ das eleições municipais, as disputas são travadas entre famílias, entre lado ‘a’ e lado ‘b’. Na eleição geral, a tônica é mais social, coletiva. Naturalmente, engaja mais pessoas”, argumenta.
Para ela, o interesse dos jovens também tem relação com a falta de conhecimento sobre o que faz um prefeito ou vereador, por exemplo.
“Toca muito na questão da educação política. Jovens de 16 e 17 anos, se não sabem para que serve, qual é a função, o que vem de um vereador ou o que faz um prefeito, não se estimulam a participar daquele evento democrático”, diz a doutora.
A pesquisadora também acredita que parte desse crescimento da consciência cidadã dos jovens com o processo eleitoral pode ser atribuído às campanhas lançadas pelo TSE.
“O TSE aproveitou a oportunidade das redes sociais para informar esse público [com idade menor de 18 anos], de maneira mais incisiva, de que esse jovem eleitor é importante na política, com a mensagem clara: ‘Não deixe de participar’”, diz.
Gente boa do Blog, quer saber quem é Ronaldo Caiado, veja esse vídeo do ex-governador…
Ato Nacional de Lançamento do Plebiscito Popular acontece na próxima quinta (10) em São Paulo…
STF mantém inconstitucionalidade de lei do DF que criava ensino domiciliar 1ª Turma confirmou que…
Movimentos lançam, dia 10, plebiscito sobre questões que afetam a vida do povo Atividade…
Senado rejeita juízes indicados por Milei e escancara crise no governo Com apoio de…
Apoiadoras de Trump, empresas de tecnologia perdem bilhões após tarifaço Somente nesta quinta (3),…