Antes, durante e após o pleito, há dezenas de oportunidades de auditar a urna e os sistemas correlatos
Você sabia que a Justiça Eleitoral oferece dezenas de possibilidades para que a eleitora e o eleitor possam auditar a urna eletrônica e os sistemas eleitorais? Isso ocorre antes, durante e depois do pleito. Neste ano, durante as Eleições Municipais 2024, não será diferente.
Conforme a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.673/2021, a auditoria é o exame sistemático que verifica se os softwares (programas de computador) estão implementados de acordo com as normas e os procedimentos legais. O objetivo principal é checar se eles estão funcionando normalmente.
Confira, a seguir, as principais etapas de auditoria dos sistemas eleitorais.
O código-fonte da urna é um conjunto de instruções às quais os sistemas eleitorais, desenvolvidos pelo TSE, obedecem e que determina como um programa vai funcionar. Ele permanece aberto à fiscalização até as vésperas da Cerimônia de Assinatura Digital e Lacração dos sistemas, que ocorre pouco antes das Eleições 2024.
A abertura do código-fonte das urnas eletrônicas e dos sistemas eleitorais às entidades fiscalizadoras reafirma o compromisso da Justiça Eleitoral com o fortalecimento da democracia brasileira e com as eleitoras e os eleitores do Brasil. Para as Eleições 2024, a abertura ocorreu durante a inauguração do Ciclo de Transparência Democrática, em outubro de 2023 – ou seja, mais de um ano antes do pleito.
Quem pode analisar o código-fonte?
É importante destacar que a análise do código-fonte, mediante agendamento prévio, dá também acesso a todo o conjunto de softwares da urna eletrônica.
O Teste Público de Segurança da Urna (TPS) é um evento permanente do calendário da Justiça Eleitoral que visa aprimorar os sistemas eleitorais, mediante a participação e a colaboração de especialistas em Tecnologia da Informação, para testar publicamente a segurança dos equipamentos que coletam o voto do eleitorado. A edição mais recente ocorreu de 27 de novembro a 2 de dezembro de 2023 e contou com a participação de 33 investigadoras e investigadores, que executaram 35 planos.
É a etapa em que grupos de investigadores que participaram da primeira fase do Teste Público de Segurança da Urna retornam ao TSE para verificar se as contribuições que deram para o aprimoramento das urnas eletrônicas e dos sistemas eleitorais foram adotadas. Em 2024, o Teste de Confirmação ocorreu de 15 a 17 de maio.
O Teste de Autenticidade dos Sistemas Eleitorais é o evento de auditoria de verificação de autenticidade dos sistemas eleitorais instalados nas urnas eletrônicas. Ele ocorre por amostragem e é realizado no dia da votação.
Entre as medidas de verificação, estão:
Nesse teste, as seções eleitorais envolvidas são selecionadas por sorteio, em cada unidade da Federação.
O Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas é a ocasião em que se realiza a auditoria de verificação de funcionamento das urnas eletrônicas em condições normais de uso. Ele ocorre no mesmo dia e horário da votação oficial, em ambos os turnos, e simula uma votação normal, em ambiente controlado. O objetivo é verificar se o voto depositado é o mesmo contabilizado pela urna.
O Teste de Integridade com Biometria é feito com o emprego das impressões digitais de eleitoras e eleitores voluntários convidados, depois de eles terem participado da votação oficial. A testagem é aplicada em todas as capitais brasileiras, e os locais são definidos até dez dias antes da votação, contendo no mínimo 5% e no máximo 10% do total de urnas destinadas ao Teste de Integridade.
A Zerésima é o relatório emitido pela urna eletrônica antes do início da votação que comprova que não existe nenhum voto registrado no equipamento. Ou seja: atesta que, naquela urna eletrônica, havia zero voto antes de começar a votação – daí o nome. Após a impressão, os presentes devem assinar o documento, incluindo o presidente da mesa receptora, os mesários e os fiscais de partidos políticos. Só então começa a votação.
O Boletim de Urna é o documento digital ou impresso que contém os resultados da urna eletrônica, ou seja, o número de votos que cada candidata ou candidato recebeu naquela seção eleitoral. O relatório é impresso após o encerramento da votação e afixado na porta da seção para conhecimento público. Ele também possui um QR Code que pode ser lido com a câmera do celular por meio do app Boletim na Mão.
Os dados dos Boletins de Urna também podem ser utilizados para a conferência dos resultados das eleições. O TSE disponibiliza um site exclusivo para a eleitora e o eleitor acompanharem a totalização do pleito. Depois de totalizados, os votos são disponibilizados na versão web ou no aplicativo disponível nas lojas virtuais e que pode ser instalado gratuitamente em qualquer dispositivo móvel.
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