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Gestão Alexandre de Moraes: combate às fake news reforçou confiabilidade do processo eleitoral

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Gestão Alexandre de Moraes: combate às fake news reforçou confiabilidade do processo eleitoral

Um dos pilares da Corte nos últimos anos foi o enfrentamento da desinformação nas eleições

“A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias, pessoais ou digitais, desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a Democracia no Brasil.”

declaração do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em junho de 2022, norteou a atuação da Corte durante a gestão do ministro Alexandre de Moraes. O que veio a seguir foram eleições seguras, transparentes e com respeito à soberania popular. Para isso, no entanto, foi preciso declarar guerra à desinformação e combater, de maneira veemente, a propagação de fake news.

Centro de Combate à Desinformação

 

“Não vamos admitir discurso de ódio, não vamos admitir deepfake e notícias fraudulentas utilizadas contra o processo eleitoral”, afirmou o ministro Alexandre de Moraes durante a inauguração do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE) do TSE, em março deste ano.

A ideia é que o CIEDDE promova, durante o período eleitoral, a cooperação entre Justiça Eleitoral, órgãos públicos e entidades privadas (em especial, plataformas de redes sociais e serviços de mensagens instantâneas privadas), para garantir o cumprimento das normas eleitorais de forma célere.

Entre as entidades parceiras do TSE no combate à desinformação e aos discursos antidemocráticos, estão:

  • Ministério Público Federal (MPF);
  • Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (Conselho Federal da OAB);
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP);
  • Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
  • Advocacia Geral da União (AGU);
  • Polícia Federal (PF).

Para tornar ainda mais efetivo o combate aos conteúdos falsos e à utilização irregular da IA nas Eleições Municipais 2024, o Centro terá uma rede de comunicação em tempo real com os 27 tribunais regionais eleitorais (TREs).

Outra função do CIEDDE é organizar campanhas publicitárias de educação contra desinformação, discursos de ódio e discursos antidemocráticos, e em defesa da democracia e da Justiça Eleitoral, bem como sugerir aos órgãos competentes as alterações normativas necessárias para o fortalecimento da Justiça Eleitoral e para o enfrentamento do tema.

O Centro faz parte do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação, lançado para minimizar, ao máximo, a interferência das fake news no processo eleitoral, contrapondo tais conteúdos enganosos e nocivos com notícias verdadeiras e totalmente confiáveis.

Veja algumas das entidades parceiras do programa (clique aqui para ver a lista completa):

  • Google
  • Facebook
  • Instagram
  • WhatsApp
  • Congresso Nacional
  • Agências de checagem
  • Veículos de imprensa
  • Provedores de internet
  • Partidos políticos, entre outros

Anatel

Outra parceria importante foi o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o TSE e a Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel). A parceria tem como fundamento legal o Marco Civil da internet (Lei nº 12.965/2014), que estabelece a responsabilização das usuárias e dos usuários das redes sociais pela publicação de conteúdos, como textos, fotos e vídeos.

O acordo institui um fluxo de comunicação ágil e direto entre os dois órgãos, por meio eletrônico, para o cumprimento de decisões judiciais que determinem o bloqueio de sites – antes, as determinações de retirada de sites do ar por disseminação de informações prejudiciais ao processo eleitoral eram enviadas por meio de oficiais de Justiça.

Fato ou Boato

parceria entre as instituições se tornou um dos principais pilares do combate à desinformação, uma vez que contrapõe eventuais notícias falsas com notícias verdadeiras apuradas e checadas com o auxílio da imprensa profissional. Como resultado, a página Fato ou Boato  desmentiu as principais fake news das Eleições 2022 e estimulou a circulação de conteúdos verídicos, incentivando a verificação das informações por meio de notícias checadas, recomendações e conteúdos educativos.

Inteligência artificial

Atento às mudanças, às transformações tecnológicas e ao uso de novas ferramentas para a propagação de fake news, em fevereiro de 2024, o TSE regulamentou, de maneira inédita, o uso da inteligência artificial (IA) na propaganda de partidos, coligações, federações partidárias, candidatas e candidatos nas Eleições Municipais 2024.

O Tribunal alterou a Resolução nº 23.610/2019, que trata de propaganda eleitoral, e incluiu diversas novidades que envolvem a inteligência artificial nas Eleições de 2024.

Entre as alterações, estão:

  • proibição das deepfakes;
  • obrigação de aviso sobre o uso de IA na propaganda eleitoral;
  • restrição do emprego de robôs para intermediar contato com a eleitora e o eleitor (a campanha não pode simular diálogo com candidata, candidato ou qualquer outra pessoa);
  • responsabilização das big techs que não retirarem do ar, imediatamente, conteúdos com desinformação, discurso de ódio, ideologia nazista e fascista, assim como falas antidemocráticas, racistas e homofóbicas.

A Justiça Eleitoral poderá determinar que as empresas divulguem conteúdo informativo que esclareça o teor inverídico ou gravemente descontextualizado impulsionado.

De acordo com o texto, será criado um repositório de decisões do TSE para dar agilidade a decisões judiciais de remoção de conteúdo falso. As empresas deverão, ainda, comprovar que cumpriram a determinação.

 

 

Eventos e seminários

A fim de promover a disseminação de conteúdo confiável e trocar experiências entre práticas de combate à desinformação, o TSE promoveu e participou de encontros e seminários sobre o tema. Entre eles, destacam-se:

  • Seminário “Desinformação nas Eleições: Abordagens do Brasil e da União Europeia”: apresentou estudos sobre desinformação produzidos por pesquisadores brasileiros e europeus. O evento foi uma parceria entre o TSE e a delegação da União Europeia (UE) no Brasil.
  • 1º Encontro dos Grupos de Pesquisa do TSE: o evento reuniu, ao longo de dois dias, pesquisadoras e pesquisadores em formação pela Escola Judiciária Eleitoral (EJE) do TSE com o objetivo de fomentar investigações científicas para propor soluções a problemas de interesse da Justiça Eleitoral.
  • III Encontro Nacional de Comunicação da Justiça Eleitoral: dedicado aos jornalistas e aos profissionais que atuam nas assessorias de comunicação dos 27 TREs em todo o país, o evento tratou de temas como combate à desinformação eleitoral e às deepfakes, linguagem simples, comunicação acessível e uso da inteligência artificial na comunicação pública.
  • “Inteligência Artificial, Desinformação e Democracia”: promovido pela Escola de Comunicação, Mídia e Informação da FGV (FGV EMCI), pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pelo Democracy Reporting International (DRI) e pela Agência Lupa, o encontro debateu os riscos e as potencialidades das novas tecnologias para a democracia.
  • Seminário Internacional – Inteligência Artificial, Democracia e Eleições”: discutiu os desafios e as perspectivas para impedir o uso de inteligência artificial (IA) na propagação de notícias falsas durante as eleições. Promovido em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV Comunicação), o encontro reuniu especialistas nacionais e internacionais, autoridades e representantes, no Brasil, das plataformas digitais WhatsApp, TikTok e Google.

 

13Galeria de imagens

Prêmios recebidos pelo TSE

A atuação do Tribunal no combate à desinformação e à propagação de notícias falsas foi reconhecida por meio de inúmeros prêmios. Entre eles, estão:

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