A três dias do início dos jogos da Copa, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, afirmou que a imagem do Brasil como o país do futebol foi construída com garra, amor à camisa e cada vez mais profissionalismo. Ela ressaltou a contribuição fundamental da África na formação da identidade brasileira.
O que somos tem a ver com as contribuições de todos os povos que estamos recebendo em casa, mas especialmente com a nossa raiz africana. O DNA brasileiro é difícil de decodificar, mas a maioria da população se autodeclara negra, e é.”, disse a ministra. “O Brasil não é a África, mas se você perguntar ao brasileiro o que ele mais gosta de comer, tem raiz africana. O que ele gosta de dançar, tem raiz africana. O que ele gosta de cantar, tem raiz africana. Isso é válido para um pessoa loura, uma de traços orientais, ou de outras etnias: somos todos brasileiros! Desse caldeirão, tão difícil de identificar, nasce a exuberância cultural brasileira”, completou a ministra.
À plateia formada por jornalistas no auditório do Forte de Copacabana, onde foi montado o centro de mídia, a ministra disse que a Copa 2014 e a Olimpíada 2016 são grandes oportunidades para o País mostrar uma imagem além do samba e futebol. “Desde 2003, o Brasil é visto com outros olhos: inclusão social, geração de empregos e redução das desigualdades”, afirmou.
Ao ressaltar que essa é a Copa das Copas, a ministra afirmou que o Brasil e o mundo estarão conectados em tempo real. “É a Copa em que estaremos mais expostos. Em que nos daremos mais a conhecer. Tanto para nós mesmos, quanto para os estrangeiros. Nem o Brasil nem o planeta haviam vivenciado este momento da era da informação.”
Marta Suplicy afirmou que o Brasil vai mostrar a cara e a identidade do país nesta Copa. Ela lembrou que esse é o país de grandes personalidades nas artes, esportes, literatura, na música, no teatro, na política “É o país das telenovelas, das Fernandas e das Glórias, e de Roberto Carlos. É o país de Mãe Menininha do Gantois, da Gisele Bündchen, do Pelé como também do Lula.” A ministra considerou que este é um momento de descobrir e redescobrir o Brasil, com suas maravilhas e talentos.
A ministra destacou também a programação cultural durante o período da Copa, com a existência de mais de 142 atrações culturais nas cidades-sedes. As atrações incluem diferentes linguagens como música, teatro, circo, gastronomia, arquitetura, dança, literatura, cultura viva e audiovisual. Haverá uma itinerância entre os estados brasileiros. A Orquestra Indígena Teko Arandú, do Mato Grosso do Sul, por exemplo, vai tocar no Rio de Janeiro. O projeto “Dança de Rua e Suas Faces”, de São Paulo, em Salvador. O artesanato brasileiro poderá ser visto e comercializado durante a Copa na exposição Vitrines Culturais, e um grande evento de dança com a população, a Grande Dança, em formato de flashmob, com misturas de danças e sons brasileiros vai mostrar ao mundo a diversidade da cultura e a união das comunidades.
Abaixo a íntegra do discurso da ministra da Cultura, Marta Suplicy, durante a abertura do Centro Aberto de Mídia no Rio de Janeiro:
Ganhamos em 58 na Suécia, em 62 no Chile, em 70 no México, não ganhamos em 82 na Espanha, mas encantamos o mundo, e vencemos em 94 nos Estados Unidos e em 2002 na Coréia do Sul/Japão. Inegável soft power, construído com garra, amor à camisa e cada vez mais profissionalismo. Assim construímos a imagem de país do futebol!
Seja como anfitriões, seja como time campeão, ou que saiu antes de a Copa acabar, o Brasil sempre causa e chama uma atenção diferenciada. Quando se trata de Copa, entramos em campo protagonistas! Só que esta Copa é, para nós, a Copa das Copas. É a Copa em tempo real, e com todos conectados: o Brasil e o Mundo. É a Copa em que estaremos mais expostos. Em que nos daremos mais a conhecer. Tanto para nós mesmos, quanto para os estrangeiros. Nem o Brasil nem o planeta haviam vivenciado este momento da era da informação!
E o que temos a mostrar? Vamos mostrar nossa cara! Nossa identidade! Este é o país de Ayrton Senna, de Villa Lobos e de Dorival Caymmi, da bossa nova e Tom Jobim, de Chico Buarque, Caetano e Pixinguinha, de Tibiriçá e da Índia Bartira, de Niemeyer, Portinari, Di Cavalcanti e Inhotim, de Jorge Amado, Machado de Assis e Drummond, de Ziraldo, Nelson Rodrigues e Paulo Autran. É o país das telenovelas, das Fernandas e das Glórias, e de Roberto Carlos. É o país de Mãe Menininha do Gantois, da Gisele Bündchen, do Pelé como também do Lula.
Viver esta Copa é descobrir ou redescobrir o Brasil, suas maravilhas e seus grandes talentos que até mesmo nós não conhecemos por inteiro.
Quando paro para pensar nisso e propor aqui a vocês jornalistas que olhem atentamente para este nosso Brasil, percebo que, o que somos tem a ver com as contribuições de todos os povos que estamos recebendo em casa, mas especialmente com a nossa raiz africana. O DNA brasileiro é difícil de decodificar, mas a maioria da população se autodeclara negra, e é. O Brasil não é a África, mas se você perguntar ao brasileiro o que ele mais gosta de comer, tem raiz africana. O que ele gosta de dançar, tem raiz africana. O que ele gosta de cantar, tem raiz africana. Isso é válido para um pessoa loura, uma de traços orientais, ou de outras etnias: somos todos brasileiros! Desse caldeirão, tão difícil de identificar, nasce a exuberância cultural brasileira.
Desde 2003, o Brasil é visto com outros olhos: inclusão social, geração de empregos e redução das desigualdades. E agora com esta Copa 2014 e a Olimpíada de 2016, que são grandes oportunidades para nós, recebemos vocês com muito carinho! Para nós, essa Copa é um momento de mostrar uma imagem além do samba e carnaval! Para compor esta enorme vitrine, o Ministério da Cultura está apoiando uma programação de mais de 142 atrações culturais nas cidades-sede. As atrações incluem diferentes linguagens como música, teatro, circo, gastronomia, arquitetura, dança, literatura, cultura viva e audiovisual. Haverá itinerância entre os Estados brasileiros. Por exemplo:
A Orquestra Indígena Teko Arandú, do Mato Grosso do Sul, vai tocar aqui, no Rio de Janeiro.
O projeto “Dança de Rua e Suas Faces”, de São Paulo, em Salvador.
Nosso artesanato será visto durante a Copa na exposição Vitrines Culturais, e já convido vocês a visitarem, no bairro de Santa Teresa, aqui no Rio de Janeiro, o Parque das Ruínas. Nossos flash mobs serão misturas de danças e sons brasileiros: a Grande Dança, que vai ser um grande evento de dança com a população para mostrar ao mundo a diversidade da cultura brasileira e a união das comunidades.
Experimentem um acarajé; mas tomem cuidado com a pimenta! Heim?
Dancem um sambinha e escutem nossos outros ritmos…
Vocês vão adorar! Welcome to Brazil, enjoy!
Fonte: Ascom/MinC
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