Na noite deste sábado (13), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota expressando preocupação com o recente ataque iraniano contra Israel, solicitando a todas as partes envolvidas que exerçam “máxima contenção” a fim de evitar uma “escalada” de violência.

Mais cedo, o Irã lançou um ataque massivo contra Israel, utilizando mais de 200 drones e mísseis. O episódio intensificou a tensão na região, com repercussões imediatas na política internacional e preocupações de segurança.

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“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, diz a nota divulgada. Além disso, foi recomendado que “não sejam realizadas viagens não essenciais à região” do conflito e que os brasileiros “que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.”

Ataque surpresa

O ataque do Irã, que ocorreu por volta das 20h de Brasília (2h da madrugada de domingo em Israel), foi marcado por explosões ouvidas em Jerusalém e o som de sirenes por todo o país. A defesa israelense rapidamente ativou o “Domo de Ferro”, um sistema de defesa antimísseis, para interceptar as ameaças aéreas, minimizando os danos.

Este confronto é uma retaliação do Irã ao bombardeio de seu consulado em Damasco, na Síria, ocorrido no dia 1º de abril, e atribuído a Israel, apesar de não confirmado oficialmente. Em resposta, o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sinalizou que o país está preparado para uma resposta militar, indicando que as tensões podem ainda se intensificar.

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Monitoramento internacional

A situação é monitorada com preocupação pelo governo brasileiro, segundo declarações de Celso Amorim, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, à CNN. O presidente Lula (PT) e o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também discutiram a situação.

Vale ressaltar que as relações diplomáticas entre Brasil e Israel estão estremecidas desde fevereiro, após Lula comparar os ataques de Israel em Gaza, em curso desde outubro do ano passado, ao regime nazista de Adolf Hitler, que exterminou 6 milhões de judeus na Segunda Guerra. A declaração do presidente gerou fortes reações, e Lula foi classificado como persona non-grata pelo governo israelense.

Leia a íntegra da nota abaixo

O Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel, deixando em alerta países vizinhos como Jordânia e Síria.

Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

O Governo brasileiro recomenda que não sejam realizadas viagens não essenciais à região e que os nacionais que já estejam naqueles países sigam as orientações divulgadas nos sítios eletrônicos e mídias sociais das embaixadas brasileiras.

O Itamaraty vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado.

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com agências