Na manhã deste domingo (24/3) a Polícia Federal prendeu Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Chiquinho Brazão, deputado federal do Rio de Janeiro, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio suspeitos de mandar matar a ex-vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
“A prisão dos suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle é um marco na luta contra a violência política e de gênero. Que sejam denunciados e julgados todos os envolvidos no crime, que também vitimou o Anderson”, afirmou a presidenta do PT, Gleisi Hoffman em seu perfil na rede social X.
Na mesma postagem, a presidenta Gleisi destacou o “trabalho sério da Polícia Federal, em sintonia com o Ministério Público e o STF”, o que, segundo ela, “foi fundamental para que o país e o mundo conhecessem a verdade, por tanto tempo ocultada” (veja abaixo entrevista coletiva do ministro Lewandowsk e do diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues).
“Dia importante, que marca mais um avanço nas investigações, e que reforça a importância de uma democracia livre, na qual as instituições funcionem. Que a justiça seja feita e os culpados sejam punidos exemplarmente por esse crime bárbaro! #MariellePresente”, afirmou o líder da Bancada do PT na Câmara, Odair Cunha (PT-MG).
“A PF prendeu os mandantes do assassinato de Marielle Franco e Anderson Torres, o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão, além do ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. Depois de 6 anos, finalmente os responsáveis serão punidos!”, destacou o senador Beto Faro (PT-PA), líder do partido no Senado Federal.
Assassinato durante a intervenção federal
Marielle e Anderson foram assassinados em 14 de março de 2018, durante a intervenção federal sob comando do general Braga Neto, no governo Temer. Um dos presos nesta manhã, o delegado Rivaldo Barbosa, foi indicado para a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro pelo general Braga Neto, uma semana antes do crime.
A intervenção federal no Rio de Janeiro foi decretada pelo então presidente Michel Temer, em 16 de fevereiro de 2018, com a “missão” de “dar respostas duras e firmes’, segundo ele. Com a intervenção, as Forças Armadas assumiram a responsabilidade do comando das Polícias Civil e Militar no estado do Rio.