Estudo da Casa Civil e do Ministério das Cidades mostra que 34% dos municípios, com 8,9 milhões de pessoas, tem áreas passíveis de deslizamentos e enchentes
Publicado pelo Portal Vermelho
Levantamento da Casa Civil e do Ministério das Cidades observa que 1.942 municípios brasileiros 34% do total, tem população em áreas de risco passíveis de deslizamentos, enxurradas e enchentes. O estudo foi obtido pelo jornal O Globo. São 8,9 milhões de pessoas que moram nestas localidades. O dado alarmante traz ainda mais preocupação ao se observar que este valor cresceu 136% desde 2012.
São utilizadas fontes como Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Serviço Geológico do Brasil e o Atlas de Vulnerabilidade a Inundações, produzido pela Agência Nacional de Águas (ANA), entre outros. As áreas mapeadas são classificadas em quatro graus: risco baixo, médio, alto e muito alto.
Nesta semana temporais deixaram rastro de destruição em diversas cidades do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, com mortes e localidades que permanecem alagadas mesmo após dias desde que ocorreram as fortes chuvas – um cenário que volta a se repetir no sul do país, atingido por um ciclone em setembro do ano anterior. Estas situações trágicas devem se tornar ainda mais complicadas com o passar dos anos e o avançar das mudanças climáticas, portanto as autoridades já se movimentam para das conta dos desafios que se apresentam e vão se intensificar.
Leia também: 2023: ano mais quente da história aumenta urgência contra aquecimento global
Segundo o jornal, os dados do governo estarão no primeiro Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que deve ser apresentado em breve e pelo qual será sistematizado quais cidades devem ter maior atenção pública, considerando estes 1.942 municípios já compreendidos.
Para dar conta de um projeto nacional que proteja as pessoas nessas áreas o governo deve realizar diversas obras de contenção de encostas e drenagem, previstas no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), complementado pela construção de novas moradias com vistas a tirar famílias de locais de ocupação irregular que oferecem riscos.
De acordo com o levantamento, as dez cidades com maior número de áreas de risco são: São Paulo (SP), Teresópolis (RJ), Blumenau (SC), Petrópolis (RJ), Nova Friburgo (RJ), Maceió (AL), Fortaleza, Belo Horizonte (MG), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Salvador (BA). A capital baiana lidera o dado negativo, uma vez que tem mais de 1,2 milhão de moradores em áreas de risco, o que representa 50,3% da população.
*Informações O Globo. Edição Vermelho, Murilo da Silva.
STF condena mais 14 réus pelos atos antidemocráticos que recusaram acordo com o Ministério Público…
Nota: Bolsonaro deve explicações ao Brasil, além de pagar pelos seus crimes Punição para todos…
20 de novembro: Um chamado à luta por espaços de poder e representatividade É essencial…
Boletins de crimes raciais crescem 968,5% em SP, aponta relatório Ouvidoria das Polícias estadual…
Plano para assassinar Lula foi discutido na casa de Braga Netto, diz Cid PF…
Mercado de trabalho, a evidente discriminação e desigualdade racial É preciso desenvolvimento com valorização…