O ano de 1976 terminou com uma notícia trágica. Foi perto do Natal, bem cedinho, às 7 horas da manhã. Era uma quinta-feira, 16 de dezembro, quando militares da ditadura invadiram uma casinha cinza de número 767 na Rua Pio XI, no bairro da Lapa, em São Paulo, usada pelo partido como local de reunião.

Armados até os dentes com metralhadoras, carabinas e revólveres, estavam prontos para matar. Foram 20 minutos de tiroteio, de massacre. Pedro Pomar e Ângelo Arroyo, dirigentes do PCdoB, foram executados. No dia anterior, o economista João Batista Franco Drummond foi preso quando saía da casa e levado para as dependências do DOI-Codi, onde foi morto.

Foram presos, e posteriormente torturados, Maria Trindade, que ainda estava na casa quando da invasão dos militares, Haroldo Borges Rodrigues Lima, Aldo Arantes e Wladmir Pomar, que já tinham deixado o local. Elza de Lima Monnerat e Joaquim Celso de Lima foram presos quando estavam em um carro em frente ao local.

A casa vinha sendo vigiada por 40 agentes do DOI havia três meses. Minuciosamente vigiada. Quando entraram foi mesmo para eliminar os(as) comunistas.

“Somos madeira que cupim não rói”

Estamos vivos(as) há mais de 100 anos. Ao lado das lutas com o povo brasileiro, resistindo, lutando e acreditando que “ hoje já é outro dia!”. E temos grandes desafios.

A democracia venceu o fascismo, o amor venceu o ódio. Estamos no governo e em todos os cantos do Brasil; precisamos disputar os 49% que não estavam com a gente com muita generosidade, amplitude e unidade.

A garantia da democracia e defender o governo Lula devem estar entre as nossas tarefas principais. É preciso aglutinar forças nos partidos, movimentos sociais e amplos setores da sociedade brasileira.

Todas, todos e todes em defesa de um novo projeto nacional de desenvolvimento e em defesa da democracia e das políticas sociais de qualidade para garantir trabalho digno, comida na mesa, saúde, educação, moradia, cultura, diversão e arte, transporte, segurança e tudo mais para que o povo brasileiro tenha uma vida digna e possa sonhar e ser feliz.

Lembramos esta tragédia para que não esqueçamos e para que nunca mais aconteça! Viva a democracia! Ditadura nunca mais!