Lisura e legitimidade da eleição de 2022 foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros na pré-campanha presidencial, dizem os procuradores
Publicado pelo Portal Vermelho
O Ministério Público defendeu o acolhimento parcial da ação eleitoral contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Em parecer emitido nesta quinta (14), a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná pede a cassação do mandato congressista e sua inelegibilidade por abuso de poder econômico durante a pré-campanha em 2022.
No parecer de 79 páginas, os procuradores eleitorais Marcelo Godoy e Eloísa Helena Machado afirmam que os gastos na pré-campanha de Moro excederam o limite razoável.
“O que torna a pré-campanha dos investigados abusiva, in casu, é o investimento vultoso de recursos financeiros realizado para a promoção pessoal, gerando grande visibilidade da pré-campanha, em detrimento dos demais candidatos ao Senado do Paraná”, diz um trecho do documento.
O parecer lista despesas com viagens, coletivas de imprensa, assessoria de comunicação, serviços de advocacia e locação de veículos, entre outros. O pedido de cassação se estende ao advogado Luís Felipe Cunha, suplente do senador.
O MP considerou a verba de campanha utilizada pelo então candidato quando filiado pelo Podemos e pelo União Brasil, atual partido do senador.
O Podemos foi o primeiro partido a filiar Moro quando o ex-juiz entrou oficialmente na vida político-partidária. Ele migrou ao União Brasil para lançar candidatura ao Senado, após o derretimento de suas chances de vitória na corrida presidencial.
Os gastos realizados por Moro em pré-campanha presidencial, de acordo com o documento, coloca em dúvida a isonomia entre os candidatos ao Senado.
No processo, é relatado o valor de R$ 2.030.228,09 pelo Podemos e o União Brasil, representando 39,78% do total de despesas contratadas pela própria campanha eleitoral e 110,77% da média de gastos em campanha eleitoral dos candidatos ao Legislativo.
Moro foi ouvido em duas ações: uma movida pelo PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e outra, pela Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV), que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em junho, o tribunal decidiu unir as ações.
As siglas citam prática de abuso de poder econômico, caixa 2, uso indevido dos meios de comunicação e irregularidade em contratos. Pedem a cassação de Moro e sua inelegibilidade por 8 anos. Além de Moro, os seus suplentes no Senado, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra, também são acusados.
Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná, “a lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral, porquanto aplicou-se monta que, por todos os parâmetros objetivos que se possam adotar, excedem em muito os limites do razoável, conforme precedentes fixados pelo Tribunal Superior Eleitoral”.
Gente boa do Blog, está marcado, será no dia 30 de abril, às 19:00 horas…
HÁ 260 VAGAS DISPONÍVEIS, OFERECIDAS PELA SECRETARIA DE TRABALHO E RENDA – SINE 1. Açougueiro…
Improbidade: ex-prefeito e ex-secretária de Santa Rita do Novo Destino são condenados por concessão ilegal…
Em ação movida pelo MPGO, ex-vereador de Formosa é condenado por improbidade, ao acumular cargos…
Quais as reais causas da queda da aprovação de Lula nas pesquisas? Causas vão…
Maioria quer Bolsonaro preso, mas teme impunidade; 56% rejeitam anistia Datafolha mostra que brasileiros…