Categories: Sem categoria

Israel inicia genocídio em Gaza evocando explicitamente o fascismo

Spread the love

Israel inicia genocídio em Gaza evocando explicitamente o fascismo

 

Mais: Pronunciamentos do Conselho Mundial da Paz, do Cebrapaz e do Conselho da Paz dos EUA / São Paulo, Bahia e Brasília terão atos em defesa da Palestina.

 

Responsabilizamos o governo de extrema-direita fascista de Israel pela perigosa escalada intensa das últimas horas, que ceifou a vida de muitos civis inocentes. Na semana passada, colonos apoiados pelo governo causaram estragos nos territórios ocupados, profanaram a Mesquita de Al-Aqsa e promoveram pogroms nas ruas de Huwara”. A opinião acima sobre a responsabilidade dos últimos acontecimentos não é de um partido ou organização palestina, mas de cidadãos israelenses e faz parte da nota do Partido Comunista de Israel (leia a íntegra da nota do PCI clicando aqui) divulgada no próprio sábado (7), quando forças da resistência palestina promoveram diversos contra-ataques, boa parte em territórios palestinos ilegalmente ocupados por Israel. O fato de cidadãos israelenses – e não só os comunistas – estarem denunciando a política genocida do governo de extrema-direita de Netanyahu ainda tem pouco impacto em uma mídia hegemônica que não hesita em escolher o lado do opressor, contra o oprimido. Embora sejam igualmente lamentáveis as mortes de civis israelenses ou palestinos, não se pode, como diz a declaração do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), igualar as responsabilidades (clique aqui e leia). Além disso, qualquer balanço que se faça aponta que o número de civis palestinos mortos pela ocupação (incluindo crianças e idosos) é superior a uma escala absurda em comparação com as perdas israelenses. Porém, para a mídia Ocidental e a subalterna mídia brasileira, só existe “terrorismo” quando a vítima é israelense. Esta noção subjacente de que o palestino é um ser humano de segunda categoria e, portanto, sua vida vale menos, está diretamente ligada à normalização da evidente ligação entre a ideologia da extrema-direita sionista e a ideologia nazista. Ambas identificam povos inteiros como sub-humanos, meras bestas involuídas. Assim, se Hitler em seu livro “Minha Luta” dizia, de forma repugnante, que o judeu “É e será sempre o parasita típico, um bicho”, o Ministro de Defesa de Israel, Yoav Gallant, ao anunciar o cerco total a dois milhões de pessoas que ficarão “sem água, comida e eletricidade” no enclave de Gaza, justifica tal ato com a seguinte frase odiosa: “Nós estamos combatendo contra animais humanos e estamos agindo em conformidade com esse contexto”. Mas Yoav não será chamado de terrorista, nem de nazista, e o genocídio contra Gaza está em pleno andamento.

“Extremistas” e “terroristas”

A agência Prensa Latina informa que a ministra da Saúde da Palestina, Mai Al-Kaila, acusou Israel de bombardear deliberadamente hospitais e equipes médicas na Faixa de Gaza. Em um comunicado, Al-Kaila instou a comunidade internacional a adotar medidas urgentes para conter a agressão das forças ocupantes contra as instalações e trabalhadores da saúde. A agência oficial de notícias palestina, Wafa, denunciou que “as aeronaves de combate da ocupação lançaram uma série de ataques violentos, semelhantes a uma política de terra arrasada“. As incursões resultaram em massacres nos campos de refugiados de Jabalia e Al-Shati, onde foram relatadas dezenas de mortos e feridos, bem como danos materiais significativos. A agência destacou que, desde sábado, a aviação israelense destruiu pelo menos quatro mesquitas e três bancos, além de numerosos edifícios. Contudo, para a mídia brasileira e Ocidental, “extremista” é a resistência palestina. Enquanto isso, EUA, Reino Unido e União Europeia, proclamam apoio irrestrito ao estado israelense e a União Europeia já anunciou que não repassará verbas humanitárias para a Palestina, pelo menos até 2024. China, Rússia, Brasil e a esmagadora maioria dos países da Ásia e da África apontam o óbvio: só haverá paz quando existir um Estado Palestino soberano, porém, para quem lê ou assiste o noticiário sobre a reunião deste domingo do Conselho de Segurança da ONU, só existiu “condenação” à resistência palestina e apoio a Israel. Dia à dia, há sete décadas, vai se naturalizando o genocídio e os palestinos parecem condenados duplamente: são animais e devem aceitar como cordeiros serem imolados pois se reagirem virá a pecha terrível: “terroristas”! No entanto, todo este tempo é prova de que o fascismo sionista, por mais dor e sofrimento que causou, causa e causará, está condenado pela história ao fracasso no seu intento de exterminar o povo palestino ou mesmo de dobrar sua resistência.

Pronunciamentos do Conselho Mundial da Paz, do Cebrapaz e do Conselho da Paz dos EUA sobre a questão Palestina

O Conselho Mundial da Paz, divulgou, neste domingo, 8, uma declaração sobre a situação na Palestina, reiterando a sua posição pelo fim imediato da ocupação israelense e pelo estabelecimento do Estado soberano da Palestina (leia aqui). Da mesma forma se pronunciaram o Conselho da Paz dos EUA e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), entidades filiadas ao CMP. Para o Cebrapaz, “a causa de fundo para esta escalada é e continua sendo a ocupação israelense de terras palestinas, que já dura décadas, as políticas de assentamento, roubo de terras, o muro de separação na Cisjordânia e a humilhação, assédio e assassinato diários dos Palestinos e o regime de ocupação, os milhares de prisioneiros palestinos, os bloqueios das estradas, a discriminação e a privação dos direitos inalienáveis do povo palestino ao seu próprio estado. Não seria razoável esperar que a injustiça acumulada e a ocupação não fossem provocar e produzir reações do povo palestino, que tem o direito legítimo a resistir à ocupação, como claramente afirmado pelo direito internacional”. Leia a nota do Cebrapaz clicando aqui e a do Conselho da Paz dos EUA (“Israel e Estados Unidos são os responsáveis pela carnificina”) aqui.

São Paulo, Bahia e Brasília terão ato em defesa da Palestina

Representantes de movimentos populares, organizações, representações diplomáticas, frentes e sindicatos realizam nesta quarta-feira (11) um ato em solidariedade ao povo palestino, no Galpão da Alameda Eduardo Prado, região central da capital paulista. A mobilização, que terá início às 18h, é uma resposta à ofensiva israelense que já fez com que mais de 120 mil palestinos tivessem de deixar suas casas em Gaza desde o último sábado. Além de propor uma análise de conjuntura do conflito em andamento no Oriente Médio de forma a trazer uma compreensão coletiva, o encontro pretende ser um espaço para construção de um calendário de atividades em defesa da Palestina. Estão previstas falas das representações de movimentos populares, partidos e consulados. A atividade terá, ainda, a leitura e apresentação de uma carta conjunta escrita pelas entidades, movimentos e organizações que se articulam para, do Brasil, oferecerem apoio à Palestina. Entre as organizações que já confirmaram participação estão a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz). O Galpão, que receberá o Ato Unificado em Solidariedade ao Povo Palestino, fica à Alameda Eduardo Prado, 474, Campos Elíseos, na região central de São Paulo. Em Salvador o ato será na Praça Municipal às 15hs, com a presença de movimentos sociais, igualmente nesta quarta-feira. Em Brasília a atividade será já nesta terça-feira (10), às 17hs, no Museu da República. O texto sobre o ato em São Paulo tem como fonte o jornal Brasil de Fato.

AUTOR
Blog do Mamede

Recent Posts

STF condena mais 14 réus pelos atos antidemocráticos que recusaram acordo com o Ministério Público

STF condena mais 14 réus pelos atos antidemocráticos que recusaram acordo com o Ministério Público…

11 horas ago

Bolsonaro deve explicações ao Brasil, além de pagar pelos seus crimes

Nota: Bolsonaro deve explicações ao Brasil, além de pagar pelos seus crimes Punição para todos…

11 horas ago

20 de novembro: Um chamado à luta por espaços de poder e representatividade

20 de novembro: Um chamado à luta por espaços de poder e representatividade É essencial…

11 horas ago

Boletins de crimes raciais crescem 968,5% em SP, aponta relatório

Boletins de crimes raciais crescem 968,5% em SP, aponta relatório   Ouvidoria das Polícias estadual…

11 horas ago

Plano para assassinar Lula foi discutido na casa de Braga Netto, diz Cid

Plano para assassinar Lula foi discutido na casa de Braga Netto, diz Cid   PF…

11 horas ago

Mercado de trabalho, a evidente discriminação e desigualdade racial

Mercado de trabalho, a evidente discriminação e desigualdade racial   É preciso desenvolvimento com valorização…

11 horas ago