Por Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho
Hoje, as Farc – que é uma organização política-militar que se reconhece como marxista-leninista, bolivariana e comunista – protagonizam a batalha mais necessária e decisiva dos seus 50 anos de existência: a consolidação da paz. O diálogo com o governo da Colômbia traz à tona a esperança para a resolução dos antigos e recorrentes problemas que culminaram no surgimento da guerrilha.
“Nossos corações palpitam pela paz e nossos braços estão abertos para um acordo. Não chegamos a Havana (onde acontecem as negociações) para assinar nossa rendição ou para nos submetermos aos poderes do Estado que combatemos por décadas. Está combinada com o governo de Juan Manuel Santos uma agenda mínima que apenas aproxima nossas irrenunciáveis aspirações históricas”, afirma um comunicado publicado no site das Farc por ocasião da data.
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Segundo as Farc, a conformação de uma Colômbia realmente democrática depende de uma política de desenvolvimento agrário integral em prol da integração social e econômica do país; a garantia da participação política que permita o exercício da oposição; o fim do conflito com um cessar-fogo bilateral e definitivo; uma solução ao problema das drogas ilícitas; e ressarcimento das vítimas do conflito, levando em conta os direitos humanos. São esses os pontos da agenda do processo de paz.
Em um vídeo difundido na pela internet por conta do 50º aniversário da guerrilha, o máximo líder das Farc, Timoleón Jiménez (Timochenko), afirmou sua confiança na criação de um verdadeiro movimento de massa pela paz, capaz de se impor diante dos planos antipatriotas da oligarquia.
“Apostamos que esse movimento social alcance a unidade e maturidade necessárias para chegar ao poder político do Estado e implementar as reformas fundamentais que reclamam os colombianos”, disse Jiménez.
Noutro texto publicado no site da delegação de paz colombiana, a guerrilha afirma que, diante da atual conjuntura, “ou se assiste a recomposição do regime imperante, o que consolidaria o atual poder da elite e aprofundaria ainda mais suas políticas neoliberais, ou se transita na direção de um processo constituinte capaz de produzir a força social da mudança realmente transformadora”.
No entanto, a continuidade do processo dependerá do que acontecer no próximo dia 15 de junho, quando será realizado o segundo turno das eleições presidenciais. Enquanto o presidente Santos insiste que quer concluir os diálogos com êxito, a oposição uribista, representada por Oscar Iván Zuluaga, prometesuspender o processo, por acreditar na “paz sem impunidade”.
A preocupação da direita colombiana está principalmente no fato de que as Farc podem ser o núcleo de um bloco de partidos da esquerda democrática. Desta forma, a população do país pode começar a enxergar uma opção política interessante, em um panorama onde a esquerda sempre foi considerada marginal.
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