A CPMI do 8 de Janeiro descobriu que o tenente-coronel Mauro Cid movimentou R$8,4 milhões, entre 2020 e 2022. Os dados constam na quebra de sigilo do ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são do jornal Estadão.

Durante os três anos, foram depositados nas contas de Cid R$4,5 milhões e saíram R$3,8 milhões. Segundo os relatórios entregues à CPMI, o militar também administrou R$2,3 milhões como procurador das contas do ex-presidente.

As informações estão contidas em um relatório de movimentação financeira em contas corrente e poupança, que foi produzido pela Secretaria Especial de Receita Federal do Ministério da Fazenda.

O relatório foi obtido a partir de um requerimento da relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

À Receita Federal, Mauro Cid declarou rendimentos tributáveis de R$318 mil por ano, em média. Seriam necessários cerca de 26 anos para que Cid alcançasse o montante de R$8,4 milhões. Portanto, trata-se de movimentações incompatíveis com os rendimentos do ajudante de Bolsonaro.

Mauro Cid está preso desde maio, sob a suspeita de envolvimento em uma suposta fraude em cartões de vacinação contra a Covid-19, inclusive o de Bolsonaro. A situação do militar com a Justiça piorou ainda mais após a PF deflagar operação contra os assessores do ex-presidente, na sexta (18).

Saibai mais: Walter Delgatti admite ser “impossível” invadir urnas eletrônicas do TSE

Saibai mais: Jandira diz que Bolsonaro já pode ser preso como mandante dos atos golpistas