No último domingo (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou Medida Provisória que elevou de R$ 1.903,98 para R$ 2.112 a faixa de isenção do Imposto de Renda. Com isso, mais brasileiros ficarão isentos na declaração de 2024. A Receita Federal estimou que 13,7 milhões de pessoas que ficarão isentas, no entanto a Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) aponta que serão somente 10,1 milhões isentos.

O número é de 3,6 milhões de pessoas a menos. A reportagem do g1 ao entrar em contato com a Receita sobre a diferença do número não obteve retorno.

A MP, além de aumentar o valor para a faixa de isentos, colocou um desconto de R$ 528 na fonte, o que amplia para até a R$ 2.640 a isenção, valor que corresponde a dois salários mínimos de R$ 1320 – que teve o reajuste também anunciado por Lula.

Entre os 39.739.161 declarantes do IR a elevação proporcionará que 10.182.415 fiquem isentos, um aumento de 15%, de acordo com a Unafisco.

O presidente da Unafisco, Mauro Silva, disse ao g1 que o aumento da faixa de isenção é muito baixo, além de apontar que a defasagem em relação à inflação acumulada desde 1996 da tabela do Imposto de Renda chega a 151,49%.

Para que a medida Provisória seja definitiva é necessário que o Congresso Nacional a aprove em até 120 dias.