Marconi não quer disputar o quarto mandato porque teme as urnas. Aceita como sucessor até mesmo um candidato da oposição, como por exemplo, Maguito Vilela (PMDB) ou Antônio Gomide (PT). O governador vem se dando bem, administrativamente, com os dois. O ideal seria outro; um candidato do seu grupo de aliados e companheiros. Mas quem? Nomes existem, mas todos fracos. Até agora nenhum dos que estão se apresentando consegue ganhar as eleições, a não ser que as oposições queiram perder, lançando um candidato sem voto, mesmo que tenha muito dinheiro. Dinheiro em política só tem valor se for para comprar voto. Mas isso já foi o tempo porque a lei é pesada e não compensa o risco.
Em 2010 quem mostrou que tinha voto em Goiás foram Marconi Perillo e Iris Rezende Machado. O primeiro venceu com uma margem insignificante de votos, mas todos aqueles votos foram levados pela cachoeira da Operação Monte Carlo. Se Marconi teve votos, não tem mais, pelo menos se presume porque o povo sabe que depois da posse quem mandava mesmo não era o governador, mas seus financiadores, entre eles Carlos Cachoeira. Em 2012 Marconi não conseguiu mostrar força. Pelo contrário perdeu as principais prefeituras de Goiás, inclusive em números para o PMDB. Em Anápolis o prefeito Antônio Gomide mostrou que tem voto aqui e derrotou todos os seus adversários. Marconi foi esperto e nem aqui veio. Seu partido fingiu que apoiava Wilson Oliveira (DEM). Em Goiânia, mais uma vez Iris mostrou que reina absoluto porque mal deixou o hospital onde fez duas operações da coluna, subiu nos palanques de Paula Garcia e virou o jogo que estava quase perdido.
Marconi viu a casa cair e começou a se mexer em três frentes: ele próprio como candidato, se conseguir mudar o cenário ou então apoiar ou fingir que vai apoiar um candidato da oposição que não lhe seja hostil caso vença o pleito. Passou a mirar no PT de Antônio Gomide. Mas o PT Estadual não está engolindo o jogo de Marconi e ao mesmo tempo em que fala em candidatura própria, volta atrás e afirma que a meta é a reeleição da presidente Dilma Rousseff, para isso aceita até ficar fora da chapa majoritária. Marconi sonha com uma candidatura de Gomide com o vice do PMDB, o que não será possível porque o PMDB não aceita essa composição por uma simples razão: como apoiar um partido que já tem a prefeitura da Capital e de Anápolis e apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff do PT e ainda um candidato ao Governo, também do PT. Seria o fim do PMDB, hoje, sem dúvida o partido mais forte de Goiás (maior número de prefeituras).
Quem o governador Marconi Perillo não aceita como candidato ao Governo de Goiás? Iris Rezende Machado é a resposta. Por que não aceita Iris? Simples a resposta: seria o único que em caso de vitória passaria a administração de Marconi Perillo à limpo. Seria a maior faxina já feita em Goiás. Iris conhece o Governo de ponta a ponta. Tem conhecimento do estrago feito em Goiás nos últimos anos. Sebe onde está a caixa preta do desgoverno. Pior ainda: teve sua vida pública devastada pelo atual governador que acabou cometendo a maior atrocidade de todos os tempos ao mandar prender Otoniel Machado, por suposição de ter desviado dinheiro da Caixego. O dinheiro foi pago aos advogados dos trabalhadores por ordem da Justiça Trabalhista. Mesmo sabendo disso, mandou prender Otoniel que sofreu derrame cerebral e ficou sem condições de trabalhar pelo resto de sua vida. Depois de muito sofrimento a própria justiça, através de muitos desembargadores nomeados pelo Marconi, inocentou Otoniel Machado enquanto o Ministério Público do Estado, após fazer devasta no patrimônio de Iris, deu lhe atestado de honestidade absoluta (processo número 1638064998 MPGO).
Marconi sabe que Iris é sua grande ameaça e também sabe que não tem ninguém de seu grupo capaz de derrotá-lo no próximo ano. Seus amigos falam que o único capaz de ganhar de Iris é o próprio Marconi. Mas, Marconi sabe que o risco é muito grande porque se Iris ganhar de alguém fraco, não é vantagem nenhuma, mas ganhar dele próprio seria o fim. Mas enquanto os marconistas querem tentar essa única opção, Marconi sabe que seus votos, aqueles de 2010, não existem mais. Eles foram levados pela correnteza proveniente do estouro da cachoeira.
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