O acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi menor do que 96 países durante a pandemia, segundo o Fundo Monetário Internacional. No período de 2020 a 2022, o país contou 694 mil mortos em decorrência da Covid

O governo Bolsonaro flexibilizou regras sanitárias em detrimento da economia, mas o PIB brasileiro cresceu apenas 4,5% nos quase três anos. Segundo os dados do FMI, na América do Sul, o Brasil ficou atrás da Argentina (4,6%), Chile (7,4%) e Colômbia (10,7%).

Em março de 2020, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarava pandemia do novo Coronavírus, o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que a economia não podia parar. De lá até 31 de dezembro de 2022 o governo brasileiro agiu como executor de uma política de propagação do vírus.

Em 2022, último ano do seu mandato, Bolsonaro executou a política econômica de acordo com seus interesses eleitorais. Para adquirir apoio dos congressistas, turbinou o orçamento secreto em R$53,9 bilhões e em maio o governo federal revogou os decretos de enfrentamento à pandemia.

Durante o período eleitoral, o ex-presidente chegou a falar que a economia estava “bombando”. No seu mandato, no entanto, cerca de 30 milhões brasileiros passaram fome e mais de 100 milhões de viveram sob insegurança alimentar.

Países emergentes como Turquia (19,8%), China (14,2%) e Índia (9,7%) ficaram à frente do Brasil nos dados coletados pelo FMI. Outras economias como Israel (13,5%), Austrália (7,1%), Coreia do Sul (6,1%) e Estados Unidos (5,1%), que normalmente apresentam taxas de crescimento mais lentas também se saíram melhor.