O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) encerrou nesta terça-feira (28) a cobertura da coleta domiciliar do Censo Demográfico, alcançando 189,4 milhões de pessoas recenseadas (92%). Em alguns estados, como Santa Catarina, Piauí e Paraíba, mais de 96% dos moradores responderam à pesquisa.

Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, agora começa a etapa de apuração da base fundamental de dados. Nela, os supervisores técnicos do IBGE podem determinar retornos pontuais ao campo. Isso significa que determinados bairros em algumas cidades podem passar por ações específicas de recenseamento para conferência de dados ou mesmo para determinar se domicílios originalmente encontrados vazios estão, de fato, desocupados.

De acordo com o presidente interino do órgão, Cimar Azeredo,  foi criado “um comitê de fechamento do censo, que inclui oito demógrafos contratados exclusivamente para essa etapa de apuração, que trabalharão em sintonia direta com os demógrafos do próprio IBGE”.

Reforço em terra Yanomami

Durante o censo, os recenseadores coletaram dados de 50% dos moradores do território Yanomami. Agora, resta a metade final, que vive em áreas de acesso especialmente complexo, passando pelos estados de Roraima e Amazonas.

Para viabilizar a operação, a ministra Simone Tebet (MDB), do Planejamento e Orçamento, liderou uma frente interministerial de apoio que envolveu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), o ministro da Defesa, José Múcio (PTB), e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (Psol). Em reuniões, a ministra defendeu a centralidade que o censo exerce para as políticas públicas nacionais e regionais.

A operação deve durar de 20 a 30 dias, dependendo das condições climáticas no território. Segundo o Ministério do Planejamento, entre recenseadores e supervisores do IBGE, experientes em coletas junto a terras indígenas, e técnicos militares e policiais de apoio, o IBGE estima 38 pessoas trabalharão na região.

__

com informações de agências