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Chacina em Sinop (MT) é uma chaga que Bolsonaro deixou no Brasil

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Chacina em Sinop (MT) é uma chaga que Bolsonaro deixou no Brasil

Um dos autores do crime brutal, que matou sete pessoas, incluindo menina de 12 anos, obteve registro de CAC. “A gente sabe quem estimulou o armamento da população”, ressalta Gleisi

Bolsonaro fez com que número de armas em circulação no país crescesse 200%

Logo após tomar posse, em 1º de janeiro, Lula assinou um decreto revogando uma série de normas que Jair Bolsonaro publicou, nos últimos quatro anos, para facilitar a compra e o porte de armas no Brasil.

O decreto também suspendeu a emissão de novos registros de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) e estabeleceu um grupo de trabalho para apresentar uma nova legislação sobre o tema.

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Se alguém ainda tem dúvidas sobre a importância da medida tomada pelo presidente Lula, deveria se informar sobre o crime bárbaro que tirou a vida de sete pessoas, uma delas uma menina de 12 anos, em Sinop (MT), na terça-feira de carnaval (21).

Edgar Ricardo de Oliveira, 30, e Ezequias Souza Ribeiro, 27, jogavam baralho e sinuca em um bar da cidade. Inconformados após perderem uma aposta, decidiram executar todos os presentes. 

Enquanto Ezequias rendeu as vítimas com uma pistola, mandando-as ficar contra uma parede do bar, Edgar foi até uma camionete e pegou um fuzil de grosso calibre. Ao retornar ao estabelecimento, atirou à queima-roupa contra as pessoas.

A menina de 12 anos, Larissa Frasão de Almeida, e a mãe dela, Raquel Gomes de Almeida, ainda conseguiram correr, mas foram perseguidas e alvejadas pelas costas na rua. Raquel sobreviveu; Larissa, não. 

Também morreram: Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, dono do bar, pai de Larissa e marido de Raquel; Orisberto Pereira Sousa; Adriano Balbinote; Josué Ramos Tenório; Maciel Bruno de Andrade Costa; e Elizeu Santos da Silva, que tinham entre 35 e 48 anos.

Um dos criminosos, Ezequias, foi encontrado pela polícia militar na quarta-feira (22) e morreu após trocar tiros com os PMs. Já Edgar se entregou nesta quinta-feira (23). Ele tem registro de CAC.

 

Bolsonaro fez número de CACs aumentar 594%

É preciso deixar claro: as normas que Jair Bolsonaro impôs ao Brasil estão por trás dessa chacina. Foi a política do “liberou geral” do ex-capitão que permitiu a Edgar obter um registro de CAC e adquirir o fuzil que usou para matar seis homens e uma garota.

Os números falam por si. Graças a Bolsonaro, o número de CACs saltou no Brasil, entre 2018 e 2022, de 117 mil para 813 mil. Um crescimento de 594%. Já o número de armas de fogo para uso particular saltou de 1 milhão aproximadamente para 3 milhões no mesmo período. Aumento de 200%.

“Sobre a chacina de Sinop a gente sabe quem é o guru do ódio que estimulou a intolerância e o armamento da população”, ressaltou a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, na quarta-feira, pelo Twitter. “Quero deixar minha solidariedade às famílias das vítimas e em especial à mãe da menina Larissa; a perda de uma filha é uma dor que não se apaga”, completou.

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, também responsabilizou a política armamentista de Bolsonaro: “Mais 7 homicídios brutais. Mais um resultado trágico da irresponsável política armamentista que levou à proliferação de ‘clubes de tiro’, supostamente destinados a ‘pessoas de bem’ (como alega a extrema-direita)”.

 

O secretário-executivo de Flávio Dino, Ricardo Capelli, nomeado interventor na Segurança do DF após os atos terroristas de 8 de janeiro, também apontou a clara ligação entre a chacina em Sinop e a política armamentistas de Bolsonaro.

“Isso que nós temos visto no Brasil, recorrentemente, não são acidentes. São efeitos colaterais de uma política que foi levada a cabo pelo governo anterior, que de forma irresponsável adotou o liberou geral, armando a população brasileira como nunca antes na nossa história”, avaliou, em entrevista ao canal do DCM no Youtube.

Capelli destacou uma das características mais irresponsáveis da legislação bolsonarista: a de permitir que CACs andem armados nas ruas se disserem que estão se deslocando até um clube de tiro.

“Não é razoável que pessoas, sob o pretexto de estar se deslocando para clubes de tiro que teoricamente funcionam 24 horas por dia, andem armadas nas ruas. Isso aí foi usado para armar a população brasileira de forma irresponsável”, observou.

 

Da Redação

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