A Copa do Mundo deve movimentar cerca de R$ 9 bilhões apenas no Distrito Federal, disse ontem (12) o governador Agnelo Queiroz. Ele citou estudos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) que levaram em conta a movimentação financeira durante a Copa das Confederações, no ano passado.
Agnelo fez a declaração em reunião para fazer um balanço da preparação de Brasília para a Copa do Mundo, a 30 dias da abertura do torneio. Segundo o governador, o Estádio Mané Garrincha está pronto para a Copa do Mundo, mesmo que ainda faltem ajustes como o uso de placas fotovoltaicas na cobertura para captação e aproveitamento de energia solar.
“O estádio está absolutamente pronto para o evento. O que nós vamos fazer é o aperfeiçoamento desse estádio para que obtenha o selo máximo de sustentabilidade. Com a energia solar, ele vai se autossustentar e inclusive vender energia para o sistema de energia elétrica do DF”, declarou.
Para o governador, a Copa deixará um legado para a cidade, mesmo que parte das obras só fiquem prontas depois do fim do mundial. “Compreendemos a Copa como uma oportunidade e fizemos investimento para tudo que a cidade precisava para ontem e para hoje. De tal maneira que existem investimentos que, ao final da Copa, a gente vai continuar no dia seguinte”, justificou.
Uma das obras que ficaram para depois do torneio é justamente a ligação subterrânea entre o estádio e o Parque da Cidade, onde ficarão os principais estacionamentos para quem for de carro às partidas. Agnelo também anunciou ter recursos garantidos para a ampliação do Bus Rapid Transit (BRT), corredor de veículos leves sobre pneus chamado de Expresso DF.
“Estamos com o dinheiro no bolso e já estamos fazendo os projetos, as licitações”, assegurou.
O Expresso DF Sul, que liga as cidades na parte sul do Distrito Federal ao centro de Brasília, foi o primeiro trecho do BRT a ser tirado do papel e atualmente opera em fase de testes. Agnelo prometeu ainda começar os trabalhos de ampliação da rede de metrô do DF depois da Copa.
Queiroz conversou com jornalistas durante a reunião com o secretariado do governo no próprio estádio. De acordo com sua assessoria, o encontro serviu para manter a cúpula do governo a par de todos os preparativos e procedimentos relativos à Copa do Mundo, além de marcar os 30 dias para o início do evento.
No próximo domingo (18), o novo Mané Garrincha completa um ano de funcionamento. Até o momento, segundo dados oficiais, passaram pelo novo estádio 777 mil pessoas em 40 eventos, sendo 29 partidas de futebol, quatro shows e sete eventos institucionais. O estádio custou R$ 1,4 bilhão e, de acordo com relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), as obras do estádio podem chegar a R$ 1,9 bilhão.
Brasil 247
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