Na extensa agenda que cumpriu nesta sexta-feira (10), em Washington, nos Estados Unidos, o presidente Lula assegurou que o Brasil está de volta ao diálogo internacional e comprometido com a democracia, a igualdade social e a proteção do meio ambiente.
Ao se encontrar com o presidente Joe Biden, na Casa Branca, no fim da tarde, Lula convidou o norte-americano para trabalharem juntos por essas três causas. “Temos alguns problemas para trabalhar juntos. Primeiro, nunca mais permitir que haja uma nova invasão do Capitólio, como houve aqui, e do Congresso Nacional, do Palácio do presidente e da Suprema Corte, como aconteceu no Brasil”, disse Lula.
O segundo ponto, segundo Lula, deve ser o combate à desigualdade e ao racismo. “Especialmente a juventude negra da periferia é muitas vezes vítima da incapacidade do Estado, pois a violência que existe na periferia é a ausência do Estado com políticas públicas para garantir sonhos para a juventude”, afirmou a Biden.
“A terceira coisa é a questão climática”, prosseguiu. “Nos últimos anos, a Amazônia foi invadida devido à irracionalidade política e humana, porque tivemos um presidente que mandava desmatar, mandava garimpo entrar nas terras indígenas. Eu assumi o compromisso de que, até 2030, nós vamos chegar ao desmatamento zero na Amazônia”, anunciou, fazendo com que Biden fizesse um gesto de comemoração.
Após a reunião, que durou mais de uma hora e foi seguida por outro encontro do qual participaram ministros dos dois governos, Lula disse à imprensa acreditar que os Estados Unidos possam contribuir com o Fundo da Amazônia, recriado por Lula e com o qual já colaboram países como Noruega e Alemanha.
“Eu tenho certeza de que os Estados Unidos, através do presidente Biden, está muito convencido da necessidade de ajudar a cuidar do mundo, sobretudo nos países que ainda têm muitas reservas florestais”, disse (assista abaixo).
Coletiva do presidente Lula após visitaàCasaBranca https://t.co/TOcZfeBUFL