Categories: Sem categoria

Justiça criará Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas

Spread the love
FacebookFacebookTwitterTwitterRedditRedditLinkedinLinkedinPinterestPinterestMeWeMeWeMixMixWhatsappWhatsapp

Justiça criará Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas

 

Medida foi anunciada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, que acolheu pedido de entidades sindicais de jornalistas na tentativa de barrar a violência sofrida pela categoria.

 

Acolhendo pedido das entidades sindicais dos jornalistas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino anunciou que vai criar o Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas, no âmbito de sua pasta. O objetivo é monitorar casos de ataques à categoria.

Segundo o ministro, o Observatório será um mecanismo de diálogo entre o Poder Judiciário e demais instituições do sistema de justiça e segurança pública a fim de barrar a violência sofrida pelos profissionais de imprensa.

A proposta foi apresentada pela direção da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) em reunião, no início desta semana, com o ministro e com o interventor de Segurança Pública do DF, Ricardo Capelli. participaram ainda, representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Demanda histórica da entidade, a presidenta da Fenaj, Samira de Castro comemorou o acolhimento do pedido. Para ela, a iniciativa do ministério tem um significado muito representativo. “Mostra que a gente sai de um período de quatro anos, sem nenhum diálogo com o governo federal, para um período em que temos a possibilidade de construir medidas concretas para garantir o livre exercício do jornalismo no país”, afirmou.

“Não se trata de uma proposta nova. A Fenaj e os sindicatos de jornalistas tentam instituir o mecanismo pelo menos desde as jornadas de junho de 2013, há quase 10 anos”, contou Samira.

Leia também: Brasil é nono país com mais assassinatos de jornalistas

Para a representante da Fenaj, Márcia Quintanilha, a criação do Observatório “é uma tentativa de barrar a onda de violência que foi muito forte no governo Bolsonaro, inclusive protagonizada pelo próprio ex-presidente”, afirmou ao Portal Vermelho.

Segundo Márcia, as ameaças e ataques continuaram nos recentes atos antidemocráticos e na desmobilização dos acampamentos bolsonaristas. “Os jornalistas estão sendo atacados por esse povo que se diz patriota, mas que na verdade ataca a democracia e a liberdade de imprensa”, disse a secretária de Mobilização dos jornalistas em Assessoria de Comunicação da Fenaj.

Nos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, foram reportados ao menos 16 casos de agressão contra profissionais de comunicação, segundo balanço do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF apresentado ao secretário de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta. Na ocasião, as entidades pediram a federalização das investigações de agressões a jornalistas.

Para o ministro, o que houve com a imprensa no dia 8 de janeiro, nos ataques terroristas às sedes dos Três Poderes em Brasília, se encaixa no escopo de comportamentos antidemocráticos, uma vez que um jornalista é atacado não é o ataque a uma pessoa, mas ao que ela representa, sendo que o jornalismo é essencial para a democracia.

“Quando o jornalismo é atacado, é um sinal inequívoco de que a democracia está sob ataque. Foi muito importante prestar nosso apoio integral à atividade profissional de jornalismo e aos jornalistas, além de nos colocar à disposição para apurar todo tipo de violência sofrida pelos profissionais de comunicação no Brasil”, completou Ricardo Cappelli.

A reunião contou com a participação do interventor federal da Segurança Pública no DF, Ricardo Cappelli, também jornalista e secretário-executivo do MJSP, e do secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp), Tadeu Alencar.

Relatório anual

Anualmente, a federação atualiza o relatório sobre violência aos jornalistas e liberdade de imprensa no Brasil. Na semana que vem, dia 25, será feita a divulgação do documento referente ao ano de 2022.

Márcia Quintanilha completou que a Fenaj apresentou ainda ao ministro uma série de propostas para o fortalecimento da atividade jornalística. Entre elas, está a realização de uma campanha com as forças de segurança nos estados brasileiros para a compreensão da sociedade sobre o papel dos jornalistas, bem como o respeito e a necessidade de garantir a liberdade de imprensa.

Fotos: Ascom MJSP

FacebookFacebookTwitterTwitterRedditRedditLinkedinLinkedinPinterestPinterestMeWeMeWeMixMixWhatsappWhatsapp
Blog do Mamede

Recent Posts

Pobre JK!

Pobre JK Angelo Cavalcante Juscelino era atento, observador e político de diálogo; longe, bem longe,…

11 horas ago

PT denuncia agressão de deputado bolsonarista e exige punição rigorosa

PT denuncia agressão de deputado bolsonarista e exige punição rigorosa Representação protocolada pelo presidente do…

20 horas ago

Lindbergh Farias: “PL da Anistia é para Bolsonaro se safar da cadeia”

Lindbergh Farias: “PL da Anistia é para Bolsonaro se safar da cadeia” Líder do PT…

20 horas ago

STF proíbe prefeito de SP de converter guarda em Polícia Municipal

STF proíbe prefeito de SP de converter guarda em Polícia Municipal   Ministro do STF…

20 horas ago

Morte do trabalhador senegalês acentua críticas à violência policial em SP

Morte do trabalhador senegalês acentua críticas à violência policial em SP   Para a deputada…

20 horas ago

Enem 2025: isenção da taxa pode ser solicitada até 25 de abril

Enem 2025: isenção da taxa pode ser solicitada até 25 de abril   Pedidos começaram…

20 horas ago