O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), determinou que o secretário Nacional do Consumidor, o ex-deputado Federal Wadih Damous (PT), notifique os postos de gasolina que aumentaram os preços dos combustíveis na virada do ano.

O aumento sem justificativa chamou a atenção uma vez que o presidente Lula (PT), em um dos seus primeiros atos, assinou uma Medida Provisória para prorrogar a desoneração de PIS/Cofins para a gasolina, etanol, querosene de avião e gás natural veicular até 28 de fevereiro e de diesel, biodiesel e GLP (gás de cozinha) até o final do ano. Com isso, os preços não deveriam subir sem alguma outra justificativa, pois não houve fator novo que indicasse um aumento necessário.

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Pelo Twitter, Damous disse ser: “Inaceitável e inexplicável a alta da gasolina, pois não houve aumento no preço internacional do barril de petróleo e a isenção de tributos federais sobre os combustíveis foi renovada. Como Secretário Nacional do Consumidor já mandei notificar esses postos. Parece coisa orquestrada”.

A suspeita é de que donos de postos apoiadores de Bolsonaro (PL), que se encontra na Flórida (EUA), possam ter combinado o feito em uma tentativa de atingir o novo governo. Porém a medida se mostrou frustrada e tem aspecto negativo na sociedade pois lesa os consumidores. Além disso, se for comprovado que foi algo combinado, a ação pode se voltar contra os empresários a partir da apuração do ministério da Justiça.